Câmara de Gaia disponível para comparticipar obras do heliporto no hospital

29 de Novembro 2022

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia disse esta segunda-feira que está disponível para pagar a comparticipação nacional para a construção de um heliporto no centro hospitalar deste concelho, uma obra “decisiva para a região”.

“Sem centro de trauma e sem heliporto é que o hospital não fica. A Câmara está disponível para assumir a comparticipação nacional”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca, que falava aos jornalistas na apresentação do Plano e Orçamento para 2023, adiantou que o valor deve rondar os 300 mil euros e contou que atualmente o heliporto que serve o hospital de Gaia é o do Monte da Virgem.

“Em hora de trânsito é impossível. Não podemos permitir que as valências e importância do hospital de Gaia fiquem comprometidas, nomeadamente a sua urgência polivalente. Esta obra é decisiva para a região”, afirmou.

A intenção de construir de um heliporto no topo do edifício do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) foi descrita à agência Lusa em março deste ano, altura em que o presidente do conselho de administração daquele centro hospitalar, Rui Guimarães, apontou que o projeto já estava aprovado e a validado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Esperamos muito rapidamente poder ter autorização para o construir”, afirmou Rui Guimarães à margem da inauguração da Unidade da Mulher e da Criança.

O médico explicou que a localização de Gaia, concelho do distrito do Porto, é “estratégica” porque tem uma área de influência “muito grande” a sul do Douro e, nessa ocasião, Rui Guimarães comentou que, num levantamento feito pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sobre os hospitais que tinham de construir heliportos ou requalificá-los, o hospital de Gaia foi tido como “prioritário”.

Na segunda-feira, na cerimónia de inauguração do novo Serviço Farmacêutico deste hospital, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse que as obras para a construção de um heliporto vão ter início no próximo ano.

Quanto a outros investimentos e compromissos para a área da Saúde em Vila Nova de Gaia, o presidente da Câmara destacou a alocação de 2,2 milhões de euros, em 2023, para o Centro de Saúde dos Carvalhos, um projeto que tem como valor total distribuído por várias fases oito milhões.

Eduardo Vítor Rodrigues referiu que o novo Centro de Saúde dos Carvalhos será “o primeiro centro de saúde de modelo pré-hospitalar” por estar previsto ter serviços que “representam a nova geração de centros de saúde em Portugal”.

O presidente da Câmara de Gaia também anunciou que esta autarquia vai colocar no mercado um terreno junto à Quinta de Canidelo e à autoestrada para que ali seja construído uma Unidade de Cuidados Continuados.

“A unidade não poderá ser exclusivamente privada, tem de ter acordos com o Ministério da Saúde e o terreno só é vendido para esse fim”, explicou o autarca.

Atualmente as unidades deste género mais próximas localizam-se em Valongo (Porto) ou Murça (Vila Real).

A Unidade de Cuidados Continuados que a autarquia de Gaia quer ver construída terá 220 camas, e ao promotor do projeto serão oferecidas isenções em taxas municipais.

O Plano e Orçamento de Vila Nova de Gaia para 2023 tem inscrita uma verba superior a 296 milhões de euros, sendo que para funções sociais estão destinados 152 milhões de euros.

“É o maior orçamento de sempre da Câmara de Gaia”, disse Eduardo Vítor Rodrigues, que foi eleito em 2013 e vai no seu terceiro e último mandato.

Quanto à dívida municipal, na apresentação foi referido que atualmente esta ronda os 68 milhões de euros.

Outro dos dados que se destacam é que a descentralização das áreas da Ação Social e da Educação foi acompanhada da integração de mais de 1.400 pessoas nos quadros da autarquia.

Esta integração traduz-se, em termos de massa salarial, em mais um milhão de euros por mês, tendo o autarca referido que “nem tudo é comparticipado” pelo Estado.

LUSA/HN

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