A confirmação é dada hoje pela lista Highly Cited Researchers 2022, da consultora norte-americana Clarivate Analytics, que inclui 6938 cientistas de 69 países, sendo 20 deles em Portugal. O ranking incide no período 2011-2021 e apenas sobre os artigos altamente citados, que representam 1% do que se publica no mundo e para 21 áreas de conhecimento.
A dupla do CEB surge pelo quinto ano consecutivo na área das ciências agrárias da lista. António Vicente teve os seus artigos citados 16.649 vezes e está ligado a inovações como ecoembalagens, compostos funcionais e bioativos e nanossistemas para aplicações alimentares. José António Teixeira é um nome ímpar na biotecnologia industrial e biotecnologia alimentar, tendo várias distinções e 22.132 citações dos seus artigos.
Rui L. Reis estreia-se na área cross-field da lista, com 56.339 citações dos seus artigos. O presidente do Instituto 3B’s e diretor do laboratório associado ICVS/3B’s e do instituto europeu EXPERTISSUES é uma referência em biomateriais, engenharia de tecidos e medicina regenerativa, com diversos prémios e cargos internacionais.
O Highly Cited Researchers 2022 inclui, aliás, mais três alumni da UMinho em ciências agrárias/cross-field: Isabel Ferreira, Manuel Simões e Miguel Ângelo Cerqueira.
As análises bibliométricas da lista foram realizadas pelo Instituto de Informação Científica do grupo Web of Science, que “pesou” os artigos científicos da mesma coorte anual, retirando a vantagem da citação de artigos mais antigos perante os mais recentes. Os países mais representados no ranking são os EUA (2764 cientistas, 38% do total), China (1169), Reino Unido (579), Alemanha (369) e Austrália (337). Portugal sobe para o 13º lugar europeu (era 15º em 2021) e para o 26º lugar no mundo (era 30º). A lista inclui diversos Prémios Nobel e as instituições com maior volume de cientistas são a Universidade de Harvard (233), a Academia Chinesa de Ciências (228) e a Universidade de Stanford (126).
As citações são um dos critérios mais utilizados para produzir rankings de instituições de ensino superior e demonstram a influência significativa de um grupo de investigadores entre os seus pares.
Há um mês, foi também publicada a lista “World’s Top 2% Scientists 2022”, do grupo editorial Elsevier, tendo 57 cientistas da UMinho entre os 200 mil cientistas mais influentes do mundo.
UMinho/HN
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