“A CIRA apoia esta decisão da nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde pela sua pertinência e importância, tendo já manifestado toda a sua disponibilidade e empenho para acompanhar o grupo de trabalho neste processo”, refere um comunicado da Comunidade Intermunicipal, assinado pelo seu presidente, Ribau Esteves.
O autarca considera “muito importante” a criação da ULS da Região de Aveiro, defendendo “serviços de saúde primários e hospitalares de qualidade e de proximidade em todos os 11 municípios associados da CIRA, com a ativa participação nesse processo dos Hospitais de Aveiro, Águeda, Estarreja e Ovar, devidamente capacitados em termos de valências, equipamentos técnicos e recursos humanos, terminando com os problemas recorrentes que a população vive, de morosidade dos serviços, entupimento das urgências, entre outros”.
No mesmo comunicado, a CIRA reitera publicamente “a importância, a absoluta prioridade e a premência do investimento de ampliação e qualificação do Hospital Infante D. Pedro, com a integração futura do Centro Académico Clínico sob a liderança da Universidade de Aveiro”.
Exorta a que sejam utilizados “os fundos comunitários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aproveitando a reprogramação que se encontra em curso, ou do Portugal 2030, que se encontra em fase final de negociação dos programas operacionais entre o Governo Português e a Comissão Europeia”.
Para a CIRA, a criação do grupo de trabalho com a missão de elaborar o plano de negócios da futura Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Aveiro é “um passo importante e decisivo para a gestão integrada dos cuidados de saúde primários e dos cuidados de saúde secundários ou hospitalares na região de Aveiro”.
“Este modelo de gestão agora adotado é defendido pela CIRA há mais de seis anos, tendo sido assumido formalmente pelo estudo e relatório denominado ‘Estudo sobre o Centro Hospitalar do Baixo Vouga’ elaborado pela Universidade de Aveiro para a CIRA”, salienta.
A Comunidade Intermunicipal vai indicar um seu representante para a administração da nova unidade, “com a função principal de cuidar da relação da gestão dos cuidados de saúde com os cidadãos, tendo sempre a CIRA e os seus municípios associados como importantes parceiros no zelar por serviços de saúde permanentes e de qualidade, cumprindo outras funções por determinação legal e decisão política, no cumprimento de uma efetiva cooperação institucional”.
No sábado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) adiantou à Lusa que está a elaborar os planos de negócio para quatro novas Unidades Locais de Saúde (ULS), passando o SNS a dispor de 12 unidades, o equivalente a um aumento de 50%.
A Direção Executiva do SNS referiu que iniciou os trabalhos para a elaboração dos planos de negócio para quatro novas ULS: Guimarães, Aveiro, Entre o Douro e Vouga e Leiria.
Com estas quatro novas unidades, o SNS, que dispõe atualmente de oito ULS – Matosinhos (criada em 1999), Norte Alentejano (2007), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012) – passará a dispor de 12.
“Dez anos depois da criação da última ULS, assiste-se agora a uma pequena revolução neste processo”, destaca a direção executiva do SNS, lembrando que “atualmente, as Unidades Locais de Saúde prestam cuidados a uma população superior a um milhão de habitantes”.
O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, salientou que este aumento de 50% de ULS no país “representa uma dimensão profunda na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com o foco nos utentes”.
Os processos, que têm por objetivo a proximidade e integração de cuidados, bem como a autonomia das organizações, deverão estar terminados no primeiro semestre do próximo ano, adianta a DE-SNS.
LUSA/HN
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