A.N.D.A.R. apoia educação, saúde e alimentação em São Tomé e Príncipe

29 de Dezembro 2022

A Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (A.N.D.A.R.) vai estar em fevereiro em São Tomé e Príncipe para ajudar crianças que precisam de material escolar, doentes que precisam de consultas e medicamentos e pessoas que precisam de apoio alimentar.

O projeto cresceu “como uma bolinha de neve”, depois de a presidente da A.N.D.A.R., Arsisete Saraiva, ter visitado pela primeira vez São Tomé e Príncipe.

Uma única visita foi o que bastou para se apaixonar pelos habitantes, “por aquelas crianças, pelas pessoas, que, sem terem nada, têm um sorriso constante”, disse-nos Arsisete Saraiva.

Neste momento, “já há muita gente envolvida”, inclusivamente decisores políticos, mas os primeiros passos foram dados pela presidente da A.N.D.A.R., neste projeto com três vertentes: educação, saúde e ajuda alimentar.

A vertente da educação foi a primeira a avançar. O objetivo inicial era somente recolher material escolar e entregá-lo a crianças que estudam em São Tomé e Príncipe.

Em segundo lugar, percebeu-se que era importante e possível fornecer também ajuda médica. Além de medicamentos, estarão em São Tomé e Príncipe oito médicos portugueses de diferentes especialidades – de reumatologia, dois. E enquanto os clínicos dão consultas, um técnico tratará de informatizar a farmácia da Santa Casa da Misericórdia.

Nessa semana, Arsisete estará com a irmã Lúcia, que alimenta cerca de 2.000 crianças, dos três meses aos 17 anos, e entrega cabazes alimentares a mais de duas centenas de idosos todos os meses.

A ajuda irá partir antes para o país africano, transportada pela Marinha, permanecendo até fevereiro na embaixada, para depois ser entregue à Congregação das Irmãs Franciscanas, a que pertence a irmã Lúcia.

No último dia, domingo, o grupo reunido pela A.N.D.A.R. assistirá a uma missa, das 6h às 8h.

Arsisete gostaria que todos os que a vão acompanhar levassem também uma bengala dobrável, “porque há lá muitos cegos que morrem atropelados, porque não os veem”. “Eles não têm com que se identificar para atravessar uma rua.”

Arsisete acredita que “este projeto se pode reproduzir as vezes que nós entendermos e quisermos”. “Enquanto eu tiver saúde e enquanto eu me sentir com forças para ir, eu irei sempre [a São Tomé e Príncipe]”, afirmou Arsisete, com muita vontade de continuar a ajudar e com “muito amor àquelas crianças”.

Esta iniciativa tem o apoio do Infarmed, da Ordem dos Farmacêuticos, da Associação Nacional das Farmácias, da República Democrática de São Tomé e Príncipe e do Grande Priorado de Portugal – OSMTH, e foca-se nas seguintes ações sociais: entrega de material escolar, informatização de farmácia, entrega de medicamentos, consultas de medicina e projeto “Saúde para Todos”, do Instituto Marquês de Valle Flôr.

HN/Rita Antunes

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