O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, revelou esta quarta-feira, numa sessão na cidade alentejana, que este projeto envolve um investimento “nunca inferior a 2,5 milhões de euros”, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Será sempre um processo muito mais contínuo, porque não se esgotará sequer este ano, e aquilo que normalmente acontece é que, quando adquirimos equipamentos, adquirimos para os dois centros de dados e, assim, faremos ao longo de todo o processo de modernização de sistemas de informação da saúde”, disse.
Em declarações aos jornalistas, à margem do terceiro encontro das eHealth Sessions, na qual o projeto foi apresentado, o responsável indicou que os servidores do ‘data center’ de Évora (ou centro de dados, em português), vão ser instalados “até ao final do primeiro trimestre do próximo ano”.
“Acho que teremos condições para já ter alguns sistemas em redundância a partir de Évora no final do primeiro semestre” de 2023, adiantou.
Luís Goes Pinheiro explicou que o Porto alberga já um Data Center da Saúde e que “era preciso construir” um novo polo, “capaz de resistir a um conjunto de vicissitudes que podem acontecer a estes centros de dados”.
Évora foi, pois, escolhida, visto que, além de se situar “numa placa tectónica diferente” da do Porto, reúne “um conjunto de condições, quer energéticas, quer de infraestruturas, capaz de albergar” a infraestrutura.
“Estamos a falar das bases de dados e dos sistemas em que as pessoas operam” que são cada vez mais “sistemas centralizados [e ] alojados nestes ‘data centers’”, disse.
Os profissionais de saúde que trabalham nos hospitais e nos centros de saúde “acedem a esses sistemas de informação remotamente” e o novo polo em Évora visa “servir de redundância em tempo real aos sistemas que já hoje são centrais”, frisou.
E consegue-se, assim, “maior disponibilidade, melhor desempenho e maior capacidade de resistir a situações catastróficas”, acrescentou, considerando os centros de dados importantes para “alojar em condições de qualidade e segurança os sistemas de informação, neste caso da saúde”.
“Não é o medo que nos mobiliza, acima de tudo, o que nos mobiliza é a vontade de prestar cada vez melhor serviço”, mas é preciso ter em conta que, “quanto mais seguros e capazes de resistir a situações anómalas, maior é a garantia de continuidade do serviço nos hospitais e nos centros de saúde”, insistiu.
LUSA/HN
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