Até agora, a presença da EMIR no Porto Santo acontecia apenas nos dois períodos de maior afluência de visitantes, nomeadamente no inverno (janeiro, fevereiro e durante a semana da Páscoa) e no verão (de junho a setembro).
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da EMIR, António Brazão, defendeu que a presença da Equipa Médica de Intervenção Rápida naquela ilha é importante, pois vai permitir “dar um socorro diferenciado, pré-hospitalar e não só”.
O médico destacou que será dado um “apoio muito grande ao centro de saúde”, acrescentando que, a partir de agora, as transferências aeromédicas para a Madeira vão passar a ser feitas pela EMIR.
“Portanto, penso que é uma mais-valia para todos, inclusivamente para os colegas do centro de saúde, que vamos trocando experiências entre nós, sempre muito importantes para a evolução de cada um de nós e do próprio sistema de saúde”, sustentou.
António Brazão realçou, por outro lado, que a EMIR representa “uma mais-valia no cuidado do doente crítico”, dando um “apoio maior a doentes que de outra maneira teriam de ser transferidos para a Madeira”.
“Nós podemos estabilizá-los no centro de saúde e ver qual a evolução. Às vezes, um doente ou outro pode evoluir positivamente ao fim de um dia ou dois e permanece no Porto Santo”, exemplificou.
Presente na terça-feira no Porto Santo para a apresentação da Equipa Médica de Intervenção Rápida, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou que este é um investimento “muito importante para a população do Porto Santo e para o Porto Santo como destino de atratividade turística”.
De acordo com o chefe do executivo madeirense, a presença da equipa médica durante todo o ano no Porto Santo representa um investimento “de cerca de meio milhão de euros” por parte do Governo Regional (PSD/CDS-PP).
Na visita, foi também apresentado o projeto para a nova unidade de saúde do Porto Santo, que representará um investimento total de cerca de nove milhões de euros.
O concurso público para a primeira fase da empreitada foi lançado em dezembro com um preço base de 4,3 milhões de euros.
Miguel Albuquerque salientou também que, numa segunda fase, será construída uma unidade de cuidados continuados, “que ficará acoplada ao centro de saúde”.
LUSA/HN
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