“Fui a Ebogo (a 15 quilómetros a norte de Yaoundé) esta manhã, onde vi e reconheci o corpo de Martinez Zogo. O procurador-adjunto estava presente e sua esposa estava lá para reconhecê-lo”, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Charly Tchouemou, editor-chefe da rádio Amplitude FM, onde o jornalista trabalhava.
A morte do jornalista camaronês foi confirmada à AFP por uma fonte policial sob condição de anonimato.
“A guarda foi avisada por um homem que estava a ir para os campos e viu o corpo”, referiu Tchouemou, especificando que o Martinez Zogo estava nu e o seu cadáver entrou em estado de decomposição.
O corpo do jornalista foi recolhido e levado para a morgue do hospital central de Yaoundé, disse a mesma fonte.
Martinez Zogo, de 51 anos, era diretor-geral da rádio privada Amplitude FM, com sede em Yaoundé, e era apresentador de um programa diário, “Embouteillage” – em português “Engarrafamento” -, transmitido de segunda a sexta-feira e muito popular na capital dos Camarões, um país da região ocidental da África Central.
O jornalista foi dado como desaparecido na terça-feira e as circunstâncias dessa situação permanecem incertas, tendo sido aberta uma investigação nesse mesmo dia, disse à AFP uma fonte policial sob condição de anonimato.
Em comunicado de imprensa, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou que o Martinez Zogo foi “sequestrado” na terça-feira, 17 de janeiro, por volta das 20:00, em frente a uma esquadra da polícia nos arredores de Yaoundé.
Fonte policial confirmou que o jornalista foi visto pela última vez em frente a uma esquadra, acrescentando que “não tem pistas para afirmar que se tratou de um sequestro”.
LUSA/HN
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