“Temos a perfeita noção que estamos a falar de um processo de transferência de competências na área da saúde, que está em curso, e, portanto, ou seria agora ou dificilmente conseguiríamos fazer”, admitiu Joaquim Amaral.
Isto, porque, explicou à agência Lusa, a requalificação dos dois edifícios “é financiada em 100% pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e trata-se de um valor na ordem dos 2,9 ME”.
“São dois equipamentos, tanto o de Nelas, que fica na ordem dos 2,2 ME, como o de Canas de Senhorim, em cerca de 700 mil euros, que datam da década de [19]70 e estão num estado de degradação bastante acentuado”, referiu.
Neste sentido, as obras incluem “a requalificação das suas próprias áreas, a eficiência energética, que tem uma componente muito forte, a melhoria da segurança e do conforto dos profissionais e dos utentes, as acessibilidades e a preservação dos edifícios”.
No decorrer das obras, explicou, as USF ”continuarão a funcionar com alguns condicionamentos, uma vez que, enquanto estiver a ser trabalhada uma ala, a outra continuará ao serviço” dos utentes.
Após a requalificação, “haverá um alargamento do horário no funcionamento, porque é um dos compromissos assumidos com o Ministério da Saúde, para voltar ao horário que já existia antes”, sublinhou.
Joaquim Amaral perspetiva que as obras nos dois edifícios, o Centro de Saúde de Nelas, ou seja, a USF Estrela do Dão, e a USF de Canas de Senhorim, que servem cerca dos 3.200 habitantes do concelho, “deverão iniciar ainda este ano”, após o concurso.
“A ideia, o compromisso, é no próximo ano já estarem as obras concluídas – após esta requalificação, todo o concelho deverá estar bem servido, já que também temos as extensões de saúde de Santar e Carvalhal Redondo”, disse.
Ainda este ano também, acrescentou o autarca social democrata, espera “ter no concelho uma unidade móvel de saúde, integrada numa candidatura da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões”.
“Esta viatura irá complementar os serviços de apoio à saúde, que são prioritários para o município, e irão servir as terras mais periféricas do concelho, para uma resposta mais ampla a toda a população” do município, concluiu.
LUSA/HN
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