Urgências de Obstetrícia na Grande Lisboa de mal a pior… e o pior ainda está para vir”, alerta SIM

12 de Abril 2023

Como exemplo da situação, o SIM aponta o caso do Hospital Fernando Fonseca, que "ainda este domingo de Páscoa a equipa de obstetrícia esteve claramente desfalcada: apenas duas especialistas e uma interna do 3º ano"

Em comunicado publicado na sua página na internet (https://www.simedicos.pt/), o Sindicato Independente dos Médicos afirma que “em vez de se criarem condições para serem contratados Médicos Especialistas, o Governo persiste em medidas pontuais: redução das equipas médicas do Serviço Urgência, encerramentos, e a promessa de carrinhas pejadas de Obstetras provenientes do Norte do país (que não se concretiza)”.

Acusa o SIM de que “apesar do alerta e das minutas de escusa de responsabilidade o hospital não encerrou a maternidade porque a Direcção Executiva do SNS “determinou” que era o fim de semana que estava aberta”. Desta forma, conclui “engana-se a população sujeitando-a a uma equipa desfalcada e sobrecarregada! Que resultados se esperam perante situações destas?”

Segundo a estrutura sindical, “a equipa de obstetrícia com apenas três médicas (duas especialistas) teve trabalho ininterrupto 24h com o acréscimo de trabalho resultante dos encerramentos da maternidade do Hospital de Loures e da maternidade do Hospital São Francisco Xavier. Dado o crescente número de grávidas sem médico de família que incluem muitas cidadãs estrangeiras sem número de utente do SNS e sem qualquer acompanhamento, o Governo teima em não reconhecer a sua existência legal”.
E acrescenta: “as maternidades mesmo as “encerradas” continuam a receber grávidas e têm de garantir o acompanhamento das grávidas internadas que a qualquer momento podem entrar em trabalho urgente de parto”.
Continua a haver períodos em que as maternidades “abertas” não conseguem dar respostas as ocorrências.
Ainda de acordo com a avaliação do SIM, “ignorando estas limitações, o Prof Ayres de Campos para agradar ao Governo e em medida de propaganda “garante” consulta aberta para primeiro trimestre a todas as grávidas, desfalcando ainda mais a depauperada equipa urgência obstétrica de Santa Maria!!!”
Na publicação, “o SIM exige aos conselhos de Administração que ouçam os Médicos Obstetras e quando não existirem condições mínimas seja comunicado ao INEM e à população a contingência e/ou encerramento. A segurança das grávidas e a qualidade dos atos médicos não se compadecem com medidas avulsas… Urge medidas estruturais que tardam..”, conclui
NR/HN/PR.

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