Em comunicado, a direção da EHRA explica o desenrolar de eventos que levou a Associação a atribuir a sua mais alta distinção ao antigo jogador do Futebol Clube do Porto.
Em 2019, Iker, capitão da equipa espanhola vencedora do Campeonato do Mundo de 2010, sofreu um ataque cardíaco durante uma sessão de treino normal. Incapaz de respirar, Iker acreditou inicialmente que sofria de uma alergia à erva, mas os médicos no local rapidamente identificaram que estava a ter um ataque cardíaco. Felizmente, Iker foi levado rapidamente para o hospital onde foi sujeito a uma angioplastia com balão – um procedimento que lhe salvou a vida.
Desde este episódio que lhe mudou completamente a vida, Iker tem sido um defensor da importância da saúde do coração e da necessidade de tomar medidas para evitar que outros sofram de ataques cardíacos. Iker é também um embaixador ativo da Idoven – uma empresa de tecnologia da saúde que promove a deteção precoce e a medicina de precisão para cardiologia com Inteligência Artificial.
Em declarações públicas, o Presidente da EHRA, Prof. José Luis Merino afirmou que “até 50% dos pacientes que sofrem um ataque cardíaco podem nem sequer chegar ao hospital”, salientando a importância de “reconhecer os sinais de aviso de um ataque cardíaco e procurar cuidados médicos imediatos”. Globalmente, 14 milhões de pessoas morrem todos os anos de ataques cardíacos e AVC, sendo que um terço destes ocorrem prematuramente em pessoas com menos de 70 anos de idade.
Numa entrevista com o Prof. Merino, Iker descreve a sensação de ter um ataque cardíaco: “Ao cair no chão, estava a tentar desesperadamente obter oxigénio e apercebi-me de que não estava a chegar. Estava a contorcer-me de dor. Quando o médico me disse que eu estava a ter um ataque cardíaco, não pude acreditar. Faço desporto, vivo um estilo de vida saudável, e sentia-me bem e forte. Havia uma grande lacuna entre o que eu pensava estar a acontecer – uma alergia à erva – e o que o médico me estava a dizer”.
“Estou muito grato por este prémio e honrado por a Sociedade Europeia do Ritmo Cardíaco ter pensado em mim para representar o mundo cardiovascular e tudo o que as questões cardíacas implicam. Sinto-me muito afortunado por ter sobrevivido e quero agora ajudar as pessoas a compreender que a consciência e a prevenção são necessárias e que não devemos negligenciar a nossa saúde”, afirmou Iker após receber o prémio.
“Depois do que me aconteceu em 2019, aprendi muito sobre os problemas cardiovasculares e tudo o que rodeia um possível ataque cardíaco”, continuou Iker. “Deixei de ter medo disso, estou melhor informado e agora estou consciente do quanto organizações como a EHRA estão a fazer para ajudar a prevenir doenças cardiovasculares”, concluiu.
NR/HN/AlphaGalilleo
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