José Maria Fernandez começou por explicar a relevância de ser abordar e clarificar o conceito de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, uma doença sistémica com comprometimento cardiológico. “A importância do tema é que com o envelhecimento e maior sobrevida da população estamos diante de uma autêntica “epidemia” de insuficiência cardíaca, principalmente insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada”, explicou.
Adotando um ponto de vista otimista, o orador referiu ainda que, desde 2021, existe uma família de medicamentos que tem tido efeitos positivos no prognóstico desta patologia, nomeadamente a empagliflocina e a dapagliflocina.
As “Causas raras de doença renal crónica” foi o tema central da mesa de “Hot Topics” moderada por Luísa Pereira e Luís Brito Avô. Por sua vez, a palestrante responsável por dar voz a estas doenças foi Sofia Jorge, que viu este momento como uma oportunidade para despertar a atenção para as patologias renais pouco conhecidas, perante um dos públicos melhor posicionados para suspeitar, estudar e identificar este tipo de doentes, os Internistas.
“As doenças renais raras são um tema especialmente importante e atual em Nefrologia, por nos encontrarmos num momento em que a evolução da genética e biologia molecular criaram a oportunidade de estudar e diagnosticar doenças que, pela sua raridade, pela sua heterogeneidade fenotípica, pelas dificuldades nas metodologias diagnósticas adequadas, têm constituído um enorme desafio para profissionais e doentes”, recordou Sofia Jorge ao esclarecer mais sobre a atualidade destas condições, que afetam cerca de dois milhões de pessoas na Europa e onde 80% dos casos são derivados de causas genéticas.
A profissional de saúde ponderou sobre a importância das metodologias diagnósticas, enquanto ponto crucial para a investigação de biomarcadores e potenciais terapêuticas, como é o caso do NGS (next generation sequencing, agora designado por sequenciação paralela massiva, MPS). A nefrologista refletiu ainda sobre os desafios das doenças raras na era da medicina de precisão.
Tendo em conta o panorama atual das doenças infeciosas, marcado por condições que afetaram grandes camadas da população, como a Covid-19, Filipa Ceia foi a profissional de saúde que estimulou uma conversa sobre doenças infeciosas emergentes e o que elas devem representar para os Internos.
NR/HN/29CNMI
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