Acordo com hospital de Cantanhede beneficia utentes de lar e residência autónoma

10 de Maio 2023

O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, vai disponibilizar equipas para a prestação de cuidados de saúde em ambulatório a utentes residentes no Lar Residencial e Residência Autónoma da Tocha.

O Lar Residencial e Residência Autónoma da Tocha, localizado no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC), naquela vila do concelho de Cantanhede, está sobe tutela da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra.

Nesse sentido, o protocolo foi assinado ontem entre a APPACDM de Coimbra e o HAJC.

Até ao momento, os utentes sempre que necessitavam de ir a consultas médicas, exames ou, em casos mais agudos, deslocar-se à urgência, tinham de ser transportados a unidades hospitalares.

De acordo com o hospital de Cantanhede (no distrito de Coimbra), esta situação constituía uma “incómoda alteração e significativa mudança de rotina muito prejudicial para uma população fragilizada”.

“O HAJC tem como um dos seus principais eixos estratégicos a resposta em proximidade e, durante o decorrer do nosso mandato, implementamos uma resposta que permite realizar MCDT [meios complementares de diagnóstico e terapêutica] e consultas de especialidades médicas junto dos cuidados de saúde primários e IPSS [instituições particulares de solidariedade social] do concelho de Cantanhede pelo que estender esta oferta de serviços à APPACDM foi um passo natural”, disse ontem, à agência Lusa, a presidente do Conselho Diretivo do HAJC, Diana Breda.

Evitar “idas a uma urgência em caso de intercorrências” com algum dos utentes residentes na APPACDM e “atender os utentes no seu próprio contexto” é “uma grande mais-valia e um exemplo a seguir”, sustentou.

Este acordo, entre as duas instituições, vai permitir doravante a realização de consultas de medicina interna e a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica MCDT, nas instalações do Lar Residencial e Residência Autónoma da Tocha evitando deslocações.

“Trata-se de jovens e adultos com deficiência profunda e grande debilidade física. Por tudo isto, o transporte destes utentes, para a realização de atos médicos fora do seu contexto habitual, é um processo bastante difícil e dispendioso, quer para eles, quer para quem os acompanha habitualmente, uma vez que, quando desmobilizados do seu ambiente habitual, tendencialmente descompensam, o que não é, de todo, aquilo que se deseja num processo que se quer rápido e o menos intrusivo possível”, sublinhou, a presidente da APPACDM de Coimbra, Helena Albuquerque.

LUSA/HN

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