De acordo com a agência noticiosa espanhola EFE, o virologista congolês Jean-Jacques Muyembe-Tamfum (na imagem), diretor-geral do Instituto Nacional de Investigação Biomédica da República Democrática do Congo, recebeu o prémio pelo seu contributo no desenvolvimento de formas de tratar o ébola, uma febre hemorrágica altamente contagiosa e mortal.
O outro prémio foi atribuído ao médico e microbiologista belga Peter Piot, que se especializou na investigação do VIH (vírus da imunodeficiência humana).
O seu trabalho foi fundamental para a criação do Fundo das Nações Unidas para a SIDA e do Fundo Mundial de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e a Malária, mecanismos internacionais que têm apoiado os países pobres na luta e no controlo destas doenças.
Além disso, Muyembe-Tamfum e Piot tiveram uma colaboração fundamental na identificação do vírus do ébola quando eram ambos investigadores.
“As suas histórias e sucessos combinados demonstram o quanto o mundo avançou em termos de colaboração a nível global, regional e nacional para reforçar a preparação e a resposta a emergências de saúde”, apontou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na entrega dos prémios, na abertura da assembleia anual da organização, em Genebra.
O virologista congolês fez parte da equipa que descobriu o ébola durante o primeiro surto epidémico, em 1976, na província de Equateur, na República Democrática do Congo, e colaborou mais tarde na conceção do tratamento.
A OMS sublinhou igualmente os seus esforços para desenvolver a capacidade científica no país, a fim de reduzir a dependência de testes estrangeiros, numa altura em que as medidas para travar a propagação de doenças infecciosas são cada vez mais urgentes.
Piot também trabalhou no primeiro controlo do ébola, participando no esforço como epidemiologista de investigação.
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