Sabemos que a pele seca pode ser aliviada com cremes que contêm determinadas vitaminas, mas não sabemos por que razão isso acontece e qual a quantidade de vitaminas necessária para que seja eficaz, explicam os investigadores.
As vitaminas são utilizadas em vários produtos de cuidados da pele e os estudos clínicos demonstraram que os cremes que contêm vitaminas ou provitaminas tornam a pele mais suave e mais hidratada, mas ainda há grandes dúvidas sobre a forma como as diferentes substâncias afetam aquele que é, na verdade, o maior órgão do corpo.
“Uma das armadilhas de muitos ensaios clínicos reside no facto de as pessoas terem sido autorizadas a testar cremes com uma mistura bastante complexa de componentes. Mas o que é que funciona e porquê? Um primeiro passo importante é, portanto, testar vitaminas específicas separadamente e estudar o seu percurso através da pele”, diz Sebastian Björklund, professor sasociado de Físico-Química da Universidade de Malmö.
Os investigadores vão testar tanto vitaminas lipossolúveis, como o retinol, como vitaminas hidrossolúveis, como a niacina. Uma questão fundamental é saber que quantidade de vitaminas é efetivamente absorvida através da pele e atinge o alvo onde pode ter efeito.
A dose correta é também uma questão importante. O corpo pode facilmente eliminar um excesso de vitaminas hidrossolúveis. No entanto, algumas vitaminas lipossolúveis não devem ser sobredoseadas, uma vez que tendem a acumular-se em alguns dos nossos órgãos e a afetar negativamente a saúde do
organismo.
“Para que as diferentes vitaminas promovam os processos biológicos na pele de uma forma semelhante à que acontece quando as ingerimos, é necessário que atravessem a barreira cutânea e cheguem às células vivas. Mas não sabemos até que ponto isto é eficaz e qual a concentração necessária, por isso
vamos analisar tanto a permeabilidade cutânea destas vitaminas como o seu impacto nas células cultivadas”, diz Björklund, acrescentando: “Não excluímos que algumas das substâncias possam promover as propriedades de barreira da pele de uma forma mais direta, sem terem de atingir as células vivas”.
“Começámos a estudar a forma como as vitaminas afetam as células da pele quando estas são cultivadas numa solução com ou sem vitaminas. Em estudos paralelos, estamos a investigar como são transportadas através da barreira cutânea. No futuro, também estudaremos como as vitaminas afetam o
processo em que as células vivas da pele formam a barreira cutânea, que pode ser vista mais como um tecido morto que protege o nosso corpo cheio de água”, conclui Björklund.
Informação completa:
https://mau.se/en/research/projects/beneficial-effects-of-vitamins-in-skin/
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