Experimentado nos últimos três anos, em Portugal e na Suíça, o sistema “deteta e previne quedas”, “mapeia os trajetos feitos” por idosos e pessoas com demência e “orienta durante a utilização da casa de banho”, informou a instituição de Coimbra em comunicado.
Encarado como mais uma aposta na “promoção do envelhecimento ativo e saudável”, o projeto Digital Intelligent Assistant for Nursing Applications (DIANA) “levou inovação aos profissionais e utentes, contribuiu para a literacia digital de grupos em situação de vulnerabilidade e ultrapassou as limitações impostas pela pandemia da covid-19”.
“O DIANA pretendeu responder a esta necessidade, ao fornecer uma solução apoiada na tecnologia para otimizar os procedimentos do trabalho de enfermeiros e cuidadores de pessoas mais velhas ou com demência”, sublinhou a Cáritas de Coimbra, que testou o sistema em conjunto com outras das entidades parceiras, a Clínica Geriátrica St. Gallen, da Suíça.
Foi possível também, segundo a nota, verificar que a tecnologia aplicada “contribuía para melhorar a autonomia e a segurança” dos utentes.
O projeto “chega ao fim e deixa grandes expectativas na área do cuidado”, apresentando “resultados bem-sucedidos”.
“Ficou provada a necessidade e viabilidade do sistema, podendo ser um grande passo na área da prestação de cuidados a pessoas mais velhas em geral e pessoas com demência em específico”, salientou a Cáritas, que envolveu no DIANA, à sua parte, “cerca de 60 pessoas, entre funcionários, utentes e seus cuidadores informais”.
Segundo a instituição, a assistente virtual do sistema, por exemplo, “foi instalada durante três dias em casas de banho, no centro de dia do Centro Rainha Santa Isabel, tendo sido testada por utentes, mas também por cuidadores e especialistas”.
“Todos demonstraram entusiasmo pela tecnologia, considerando a sua utilidade para as instituições e também para as residências privadas”, referiu, para concluir que, “de forma global, os resultados foram muito positivos e criaram expectativas nas pessoas que se envolveram no piloto: especialistas, técnicos e auxiliares, utentes e seus cuidadores informais”.
A Cáritas Diocesana também “liderou a tarefa da ética e teve um forte contributo com a pesquisa de questionários que aplicou aos participantes”.
Além da Cáritas de Coimbra, Universidade Católica Portuguesa e Clínica St. Gallen, participaram no projeto as seguintes entidades: EET Europarts (Suíça), Bluepoint (Roménia), Universidade Técnica de Viena (Áustria) e Cogvis (Áustria), tendo cabido a coordenação a esta última.
O DIANA foi aprovado no âmbito do Programa Europeu AAL, estando o financiamento português a cargo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
LUSA/HN
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