A proposta irá ser votada na próxima reunião do executivo liderado pelo independente Rui Moreira, agendado para segunda-feira, e prevê, após a conclusão do presente ano letivo, uma intervenção no sentido de preparar o edifício, que é propriedade do município do Porto, para ser o novo espaço de formação do regimento e cuja data de entrega ainda não foi avançada pela autarquia.
À Lusa, o comandante do regimento, o tenente-coronel Carlos Marques, explicou a conveniência de ser um espaço junto ao quartel do regimento, para que os elementos que estiverem a dar formação ou a recebê-la também possam sair para as ocorrências operacionais, uma situação que os deixaria fora do serviço caso a opção fosse por uma solução mais afastada do quartel.
Lembrando a passagem, em 2022, de batalhão a regimento e sublinhando o “aumento de efetivos” que agora se situa “nos 380, entre funcionários civis e bombeiros”, Carlos Marques assinalou que “esse incremento de pessoal – foram cerca de 80 nos últimos dois anos – deveu-se muito aos novos desafios que se colocam na cidade: o aumento da população residente e flutuante, o aumento do turismo e a própria pandemia”.
Pelo meio, disse, assumiram “um protocolo com o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica]” e são “também um posto de emergência médica sazonal, para além do protocolo com o Centro Hospitalar S. João, para que quando o heliporto estiver concluído, ser o regimento a fazer o socorro”, compromissos que “exige mais pessoal, mais formação e mais espaço”.
“A escola seria o espaço ideal para o nosso centro de treinos pois fica no mesmo quarteirão do quartel, por trás das piscinas da Constituição”, situou o responsável do regimento, acrescentando que “tem um espaço exterior para treino prático e salas para ministrar formação e instrução”.
Falando das dificuldades atuais, o comandante lembrou o “protocolo com a Escola Nacional de Bombeiros” que faz com, neste momento, estejam “a receber recrutas de outros corpos de bombeiros profissionais, no caso dos Sapadores de Viana do Castelo e de Leiria”.
“Com as duas recrutas a funcionar temos falta de espaço porque o espaço onde decorrem as recrutas é o mesmo que utilizamos para a nossa formação interna de bombeiros e para a formação de todas as unidades que nos solicitam as entidades externas de combate a incêndios, suporte básico de vida e andamos sempre com dificuldades para ter salas disponíveis”, relatou.
E prosseguiu: “ o novo espaço permitirá ter uma oferta formativa ainda maior, outro tipo de cursos, como cursos de promoção, de formação inicial, de especialização em diversas áreas, como o de grande ângulo, das matérias perigosas, de buscas e resgate em estruturas colapsadas, do pré-hospitalar, o que traria, também, maior receita para a Câmara do Porto”.
“É fundamental começar o mais cedo possível”, sublinhou Carlos Marques.
LUSA/HN
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