“A Diana e a dermatite atópica”, “A Diana na praia”, “A Diana na escola”, “A Diana e as rotinas” e “O meu natal” são capítulos de uma história infantil já contada em 124 escolas e 499 turmas. Foram 12.302 livros distribuídos em Portugal, desenvolvidos pela Sanofi com o apoio da ADERMAP (Associação Dermatite Atópica Portugal), com o intuito de ajudar as crianças a lidar com a dermatite atópica moderada a grave, sensibilizando também colegas e educadores.
No Dia da Criança, a história da Diana – uma menina de oito anos com dermatite atópica grave – chegou à Farmácia/Laboratório Saúde da KidZania para, a partir de hoje, ser partilhada com as crianças que visitarem este espaço, naquela que é a primeira atividade desenvolvida em parceria com a indústria farmacêutica – através da Sanofi e da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos, que assinaram esta manhã um protocolo de colaboração.
No local, Marisol Garcia Pulgar, General Manager da Sanofi Specialty Care Portugal, disse ao HealthNews que a “responsabilidade das empresas farmacêuticas é ir um pouco mais além do desenvolvimento de medicamentos”. “Precisamos de fazer parte da comunidade e, para isso, queremos ir estabelecendo estas relações com farmacêuticos comunitários, com hospitais, com as escolas, com o público em geral, para tentar dar visibilidade às doenças. É muito importante que todos aprendamos a identificar companheiros ou colegas que possam ter uma doença – que tenhamos essa sensibilidade, que saibamos como tratá-los, que saibamos como podemos ajudá-los. Entre todos, melhoraremos a vida do paciente”, acrescentou.
É importante “começar cedo a falar de saúde, não apenas para que eles [os mais novos] possam ter a sensibilidade de identificar os seus companheiros e os seus amigos, mas também para eles mesmos, e para que possam, no futuro, ser uma geração mais saudável, uma geração mais responsável com a sua própria saúde”, concluiu a representante da Sanofi.
Esta manhã, as crianças puderam realizar a atividade junto da imunoalergologista Sofia Campina Costa, representante da Sociedade Portuguesa de Imunoalergologia, e da presidente da ADERMAP, Joana Camilo. Para Marisol Garcia Pulgar, este Dia da Criança fica sobretudo marcado pelos “sorrisos nas caras dos meninos”, “que estavam interessados, que perguntavam”. “Espero que saiam daqui com a sensação de que sabem um pouco mais sobre a doença e vão ser mais responsáveis no futuro e cuidar melhor dos seus amigos”, referiu Marisol Garcia Pulgar.
No final da atividade, Sofia Campina Costa disse ao HealthNews que “as crianças têm que saber o que é ter dermatite atópica”. “As próprias crianças querem aprender sobre o que têm. Têm de perceber, e os pais e os educadores também”, frisou.
“As formas graves são complicadas, muitas vezes resistentes às linhas de terapêutica, e causam muito sofrimento a quem está afetado, neste caso, estamos a falar de crianças, mas também às famílias. É importante saber que já existem várias formas de tratamento, e todas as linhas de tratamento devem ser ensinadas. Existem novas formas de tratar, existe acesso a tratamento biológico, que modifica até a doença, melhorando muito a qualidade de vida. Não há razão para não terem os seus amigos, para não terem as atividades sociais, para não irem às suas festas, para não terem os seus desportos. Podem ter uma vida completamente normal. É preciso é saber olhar para a pele, saber tratar dela, com todos os cuidados. E nos casos graves, ter uma rede de apoio importante, com o médico, com o farmacêutico, com a família, com a escola, com os amigos. E estes livros também ajudam muito nisto”, explicou a médica.
Esta iniciativa “vai ser um veículo para, num espaço como este, sensibilizar sobre a saúde e a promoção da saúde; uma oportunidade para as crianças que vivem e que não vivem com dermatite atópica terem contacto com a realidade”. “Temos aqui vários mitos que estão a ser derrubados”: que a dermatite atópica é uma doença simples ou contagiosa, por exemplo. “Infelizmente, por causa do aspeto das lesões, quando a doença não está controlada, causa algum receio. Todos nós temos receio do desconhecido. É muito importante termos aqui um veículo de informação sobre a doença, sobre formas de controlar a doença e, sobretudo, podermos também transmitir esperança”, comentou Joana Camilo.
HN/RA
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