O júri do prémio, num comunicado, destacou que as descobertas dos três cientistas (dois biólogos e uma bioquímica) “estão a permitir aplicações terapêuticas inovadoras e a procura de novos tratamentos eficazes contra bactérias resistentes e antibióticos”.
Jeffrey Gordon, segundo o mesmo comunicado, “foi pioneiro na descoberta e compreensão do microbioma humano, ou seja, na imensa quantidade e diversidade de microrganismos que vivem no corpo, com um papel essencial na saúde, incluindo o metabolismo, a resposta imune e a nutrição”.
Já Everett Peter Greenberg e Bonnie Lynn Bassler “revelaram mecanismos inéditos de comunicação entre bactérias, que emitem sinais químicos que modulam o seu comportamento coletivo”, lê-se no comunicado, divulgado pela Fundação Princesa das Astúrias, a entidade espanhola que atribui este prémio.
São atribuídos todos os anos oito Prémios Princesa das Astúrias, que distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, entregues numa cerimónia solene com a família real espanhola, em Oviedo, Espanha, em outubro.
O prémio atribuído hoje aos biólogos Jeffrey Gordon e Everett Peter Greenberg e à bioquímica Bonnie Lynn Bassler foi o sétimo decidido este ano, naquela que é a 43.ª edição destes galardões.
À organização não-governamental Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas foi atribuído o Prémio Princesa das Astúrias da Cooperação Internacional, ao escritor japonês Haruki Murakami o das Letras; ao maratonista queniano Eliud Kipchoge o do Desporto; à historiadora francesa Hélène Carrère d’Encausse o das Ciências Sociais; ao professor, escritor e filósofo italiano Nuccio Ordine o da Comunicação e Humanidades e à atriz norte-americana Meryl Streep o das Artes.
Na próxima semana será decidido o prémio da Concórdia.
LUSA/HN
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