O estudo “Spinal Cord Injury Causes Marked Tissue Rearrangement in the Urethra—Experimental Study in the Rat”, de Célia Duarte Cruz, Ana Ferreira, Sílvia Sousa Chambel e António Avelino, da FMUP, “vem abrir portas a investigações futuras que promovam o desenvolvimento de terapias direcionadas exclusivamente à uretra”.
No seu site, a FMUP explica que, recorrendo a animais de laboratório, “o estudo verificou que as lesões traumáticas da medula espinhal, que comprometem fortemente o sistema urinário, são acompanhadas por alterações marcadas na parede da uretra” – “fenómeno que, até à data, não era conhecido”.
“De acordo com o trabalho, as lesões traumáticas que afetam o sistema nervoso central provocam uma acentuada reorganização da uretra e desnervação que resultam de uma adaptação à alteração do controlo nervoso da função urinária e poderão, consequentemente, contribuir para a disfunção urinária.”
Célia Cruz, professora da FMUP citada no site da faculdade, esclarece: “Quando ocorre uma lesão traumática medular, a transmissão de informação ao cérebro sobre o grau de preenchimento da bexiga é bloqueada pelo trauma e pelo tecido cicatricial que se forma na zona da lesão. Com o tempo, ocorrem alterações nas vias nervosas, abaixo da zona da lesão, que levam à perda da coordenação entre os dois órgãos e a hiperatividade da bexiga.”
FMUP/HN/RA
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