Parceiros de Moçambique alertam para discriminações que prejudicam luta contra VIH/Sida

16 de Junho 2023

O fim da pandemia de VIH/Sida até 2030, tal como proposto pelas Nações Unidas, só será possível se não houver grupos populacionais discriminados, alertam alguns dos principais parceiros de Moçambique no combate à doença.

“O fim da sida é possível, mas só se trabalharmos juntos como Governo, sociedade civil, parceiros internacionais e ONU, dando poder às mulheres e raparigas e assegurando que ninguém seja estigmatizado ou excluído”, referiu Winnie Byanyima, diretora executiva da ONUSIDA.

A dirigente surge citada num comunicado da embaixada norte-americana, juntamente com John N. Nkengasong, coordenador norte-americano de diplomacia pela saúde e da luta contra a sida, e Mark Edington, gestor do Fundo Global.

Os três visitaram pela primeira vez em conjunto a capital lusófona, numa presença de três dias que terminou hoje.

Em Moçambique, “a cada 20 minutos uma adolescente ou uma jovem é infetada”, referiu Winnie Byanyima, realçando que é necessário capitalizar os bons exemplos que já há no país sobre como “ultrapassar as desigualdades que impedem o fim da sida”.

Mark Edington, diretor de gestão de subvenções do Fundo Global, disse que “Moçambique tem feito ganhos sólidos na redução da propagação do VIH/Sida e foi impressionante ver algum do trabalho por detrás do progresso”, disse.

Todos os anos, os EUA investem “mais de 400 milhões de dólares” (365 milhões de euros) em ações de luta contra o VIH/Sida em Moçambique e “nos próximos três anos o Fundo Global planeia investir no país 770 milhões de dólares [703 milhões de euros] para combater o VIH, tuberculose e malária”, conclui-se no comunicado.

A prevalência do VIH em Moçambique desceu ligeiramente para 12,4%, mas continua entre as taxas mais altas do mundo, segundo os resultados do mais recente inquérito apresentado em dezembro pelo Instituto Nacional de Saúde.

LUSA/HN

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