Questionado pela agência Lusa, o município do distrito de Lisboa esclareceu que a empreitada esteve suspensa entre 06 de julho de 2022 e o último dia 14.
Já depois de a intervenção ter arrancado, em março do ano passado, “surgiram dúvidas por parte do empreiteiro em relação ao desenvolvimento dos trabalhos”, o que levou projetistas, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e empreiteiro a efetuar os esclarecimentos necessários.
“Os esclarecimentos levaram a pequenas alterações de projeto que não alteram de forma significativa a obra”, adiantou a autarquia.
Na última reunião pública do executivo municipal, na terça-feira, a presidente da câmara, Laura Rodrigues, afirmou que “a obra teve um problema de projeto por parte do Ministério da Saúde em relação ao espaço, mas está sanado e a obra foi reiniciada no dia 15”.
Durante o período da suspensão, o prazo de execução da obra (nove meses) não esteve em contagem, sendo agora retomado com o reinício dos trabalhos, que deverão ficar concluídos no final deste ano.
O impacto das alterações de projeto no custo da obra está a ser avaliado, mas, segundo a câmara municipal, “não se prevê também que seja significativo”.
Em fevereiro de 2022, as obras foram lançadas a concurso público pelo valor de 582 mil euros.
A intervenção decorre no antigo jardim-de-infância de São Pedro da Cadeira, que vai ser transformado em centro de saúde.
Em fevereiro de 2020, o município de Torres Vedras e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) estabeleceram um acordo com vista à melhoria das instalações das extensões de saúde de São Pedro da Cadeira, Ramalhal, Runa/Dois Portos e A-dos-Cunhados.
Na ocasião, o presidente da ARSLVT, Luís Pisco, reconheceu que, com instalações mais modernas, “se torna mais fácil que os jovens médicos escolham estes locais para se fixarem”.
A câmara municipal é responsável pelo lançamento dos concursos públicos e por executar as empreitadas, enquanto à ARSLVT cabe apetrechar as unidades com equipamento médico, informático e mobiliário. A elaboração dos projetos é repartida pelas duas entidades.
Em janeiro, a autarquia lançou concurso público de 1,5 milhões de euros para a construção de um novo edifício para o centro de saúde no Ramalhal, contíguo ao futuro centro escolar da freguesia, mas a obra ainda não começou.
Em dezembro de 2022, comprou por 700 mil euros um imóvel que albergou um antigo ginásio para alojar o futuro centro de saúde de A-dos-Cunhados, mas não lançou qualquer concurso para as obras.
Em Runa, o projeto passa pela requalificação e ampliação da sede da União de Freguesias de Dois Portos e Runa, para aí albergar, além da junta, o centro de saúde.
NR/HN/Lusa
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