O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos reivindica a valorização da profissão e a atualização de uma tabela salarial que não é revista desde 1999.
Desta vez, os farmacêuticos que trabalham nos hospitais públicos nacionais não se ficam pela greve e vão também concentrar-se em frente à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, a quem vão entregar cartas assinadas por estes profissionais do SNS “dando conta da realidade que estão a viver e da degradação a que está a chegar a situação destes profissionais de saúde no SNS”, refere Henrique Reguengo, presidente do sindicato.
O SNF esperava que as negociações fossem retomadas e que a greve não fosse marcada. “Esperávamos que nos fosse dado um sinal da real preocupação do Ministério da Saúde com a nossa situação, mas, pelos vistos, ninguém quer saber dos farmacêuticos – nem a Saúde, nem as Finanças, nem a Administração Pública – e, por isso, vamos levar a nossa voz e as nossas preocupações ao primeiro-ministro, Dr. António Costa, esperando que ele leia atentamente as cartas que lhe vamos deixar e que refletem o nosso estado de espirito e a nossa determinação em ir em frente até conseguirmos aquilo a que temos direito”, acrescentou Henrique Reguengo.
Obrigados “cada vez mais a endurecer a luta”, os farmacêuticos estão “prontos para seguir em frente, e em conjunto, com adesões à greve sempre a rondar mais de 90%, como temos visto”.
“Há que olhar para os farmacêuticos do SNS como profissionais de saúde que, diariamente, dão tudo o que têm para dar (e mesmo o que não têm) pelos cidadãos e pelos doentes – com sobrecarga de horários por falta de recursos humanos – e que, mesmo assim, não são reconhecidos pela tutela”, disse ainda Henrique Reguengo.
Para o SNF, os farmacêuticos estão disponíveis para continuar as negociações, encontrando soluções para adequar o número de farmacêuticos no SNS às necessidades das atividades farmacêuticas, o reconhecimento dos títulos de especialista atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos e a regulamentação de um processo especial e transitório à residência farmacêutica por parte dos que foram contratados após março de 2020.
PR/HN/RA
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