Em comunicado enviado, no sábado à noite, à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública (DSP) da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro) explicou que, desde sexta-feira e até às 20:00 de sábado, “foram observados no Centro Hospitalar de Leiria 13 casos, com idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos, sete do sexo feminino e seis do sexo masculino”.
A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “ainda decorre e que compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.
No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.
“Seis doentes tiveram alta melhorados e sem intercorrências até ao momento e sete [mantinham]-se internados com evolução favorável, exceto um caso cujo estado inspira cuidados”, lê-se na nota.
Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.
Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.
A agência Lusa contactou ao longo do dia várias fontes ligadas ao assunto, desde a ARS-Centro à ASAE, mas até ao momento não foi possível obter mais detalhes sobre o sucedido.
LUSA/HN
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