“Registamos cerca de 210 óbitos contra 280 em igual período do ano passado”, disse Baltazar Candrinho, diretor do Programa Nacional do Combate à Malária em Moçambique.
Segundo o responsável, entre janeiro e junho, Moçambique registou ainda um aumento do número de casos de malária, com 7,2 milhões de casos contra 6,8 milhões registados em 2022.
O aumento de casos em Moçambique está associado à falta de meios de prevenção da doença, além dos desastres naturais que afetam ciclicamente o país “favorecendo o crescimento da população do mosquito”, referiu Candrinho.
Moçambique é um dos candidatos à receção da vacina contra a malária, estando, neste momento, “dependente da decisão da OMS [Organização Mundial da Saúde] para iniciar a vacinação”, avançou hoje Pedro Aide, diretor científico do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) em Moçambique.
“Agora é só uma questão de quando é que este processo poderá iniciar cá em Moçambique e pelo que sabemos isto depende um pouco da disponibilidade das vacinas”, referiu Pedro Aide.
Em 14 de julho, após um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, admitiu a possibilidade de inclusão de Moçambique na Iniciativa de Vacinação contra Malária já no primeiro trimestre de 2024.
Em julho, a OMS, a Aliança Global para Vacinas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciaram a distribuição, pela primeira vez, da vacina contra a malária a 12 países africanos nos próximos dois anos.
A malária é uma das doenças mais mortíferas em África, matando quase meio milhão de crianças com menos de 5 anos, todos os anos, e representa aproximadamente 95% dos casos mundiais de malária e 96% das mortes em 2021.
LUSA/HN
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