A equipa de Wilmut desenvolveu a técnica pioneira que levou ao nascimento da ovelha, em 05 de julho de 1996, e revolucionou o campo da clonagem genética (processo de reprodução assexuada que resulta em cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo).
Posteriormente, o especialista em embriologia concentrou-se no uso de técnicas de clonagem para produzir células estaminais (células que se diferenciam noutras células) que poderiam ser utilizadas na medicina regenerativa.
O seu trabalho foi considerado fundamental para a investigação que visa tratar doenças genéticas e degenerativas ajudando o corpo a reparar tecidos danificados.
O cientista afastou-se do meio académico em 2012 e em 2018 tornou público que tinha a doença de Parkinson, uma patologia neurodegenerativa que afeta a coordenação dos movimentos.
A ovelha Dolly, que viveu até 2003 e ficou a dever o seu nome à cantora norte-americana Dolly Parton, foi gerada a partir de uma célula da glândula mamária de uma ovelha da raça Finn-Dorset.
A sua existência manteve-se em segredo até ao início de 1997 e fez parte de um projeto científico mais amplo para criar ovelhas geneticamente modificadas que pudessem produzir proteínas terapêuticas no seu leite.
“Dolly” teve diversas crias entre 1998 e 2000 e uma “qualidade de vida normal” até fevereiro de 2003, altura em que foi eutanasiada para ser poupada ao sofrimento decorrente de vários tumores nos pulmões.
O método de clonagem usado com a ovelha foi replicado com cães em 2005, na Coreia do Sul, e em 2018 com macacos na China.
LUSA/HN
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