Prémio CNS: Ideias que melhorem o estado de saúde dos doentes neurodegenerativos

22 de Setembro 2023

O Campus Neurológico (CNS) abriu as candidaturas para a edição de 2023 do Prémio CNS, destacando projetos com o potencial de transformar o mundo através de ideias e iniciativas. Pelo 6.º ano consecutivo este prémio visa estimular na população em geral a criação de iniciativas, projetos e trabalhos que visem melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças neurodegenerativas (Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, entre outras) ou contribuir para a promoção da saúde na população adulta.

“O objetivo deste prémio é promover o desenvolvimento de projetos que ajudem no tratamento e prevenção das doenças neurodegenerativas. Queremos que apareçam ideias que contribuam para melhorar o cuidado e o estado de saúde destas pessoas. Optámos por abrir o leque de candidaturas, porque por vezes as melhores ideias surgem de pessoas que não são da área da saúde. Tudo é suscetível de ser um bom tema para concorrer”, começou por explicar o Prof. Doutor Joaquim Ferreira, neurologista, diretor clínico do CNS e presidente do júri.

Além disso, o especialista revelou que os projetos vencedores dos anos anteriores contribuíram para a realização de variados estudos ou, simplesmente, para que se gerassem novas ideias acerca de determinado tópico, como é o caso da monitorização de medicação.

Relativamente ao panorama atual destas doenças em Portugal, o Prof. Doutor Joaquim Ferreira referiu que as doenças de Parkinson e de Alzheimer são as mais frequentes, sendo que a sua prevalência irá aumentar nos próximos anos.

“Calcula-se que cerca de 200 mil pessoas tenham demência em Portugal. Prevê-se que nos próximos 30 anos este número duplique, portanto, 400 mil pessoas vão ter a doença. Isto deve-se pelo facto de Portugal ser um país envelhecido. No entanto, não vamos ter apenas mais pessoas afetadas por estas doenças, vamos ter também mais doentes a chegarem a fases avançadas da doença e, por conseguinte, a necessitarem de mais cuidados”, clarificou.

O Prémio CNS tem um valor de dois mil euros e são ainda atribuídas duas menções honrosas no valor de 500 euros. As candidaturas estão abertas até ao dia 30 de novembro.

“Este prémio é uma boa oportunidade e, sobretudo, mais um alerta para a necessidade de, como comunidade, nos preparamos melhor para prevenir e tratar estas doenças. Desta forma, pretendemos dar apoio a uma ideia ‘brilhante’ que nos pareça que tem capacidade de florescer e contribuir positivamente para ajudar os envolvidos nesta causa que é de todos”, concluiu o neurologista.

O regulamento pode ser consultado aqui.

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Mário André Macedo
Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica

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