O partido refere que “são cada vez mais as queixas, reclamações e denúncias” que recebe “sobre os enormes tempos de espera [a] que os utentes têm que se sujeitar sempre que têm uma consulta” no HDES, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
“A situação não é nova, mas, ao que tudo indica, tem vindo a agravar-se, inclusive com médicos, em algumas especialidades, que [têm] agendamentos de 60 consultas por dia”, aponta o Chega no requerimento endereçado ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
No documento, o líder do Chega/Açores e deputado único do partido na Assembleia Legislativa Regional, José Pacheco, pede esclarecimentos ao executivo liderado por José Manuel Bolieiro “considerando que é de todo importante dar o melhor bem-estar possível a quem necessita de recorrer às consultas externas” do hospital.
“Por que motivo têm os pacientes que esperar largas horas para serem atendidos numa consulta agendada no Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada”, pergunta o parlamentar do Chega.
Salientando que “muitos dos utentes são pessoas idosas, que padecem de várias patologias e alguns em cadeiras de rodas e outros com mobilidade reduzida”, o deputado interroga também se o Serviço Regional de Saúde não pode “encurtar o tempo de espera destes pacientes”.
José Pacheco quer ainda saber por que razão “há médicos de algumas especialidades, por exemplo oftalmologia, que estão a atender 60 pacientes por dia”.
Num comunicado divulgado hoje, o Chega/Açores refere que muitos utentes do hospital de Ponta Delgada têm denunciado “o excessivo tempo de espera por uma consulta programada” e que, na tarde de hoje, José Pacheco constatou a situação numa deslocação ao serviço de consulta externa, “onde falou com alguns utentes que, apesar de terem as consultas agendadas, [veem] o tempo de espera [para consulta] prolonga-se muito além da hora a que estava programada”.
“Andamos todos a lutar para melhorar o Serviço Regional de Saúde quando, na verdade, os doentes ficam horas à espera, muitos em cadeiras de rodas, misturados uns com os outros, sem se saber se há quem tenha doenças contagiosas que possam prejudicar ainda mais os utentes”, refere o parlamentar citado no documento.
Sobre os tempos de espera, que também atingem o serviço de urgência do HDES, José Pacheco lembra que, “há dois anos, o Chega exigiu que houvesse um serviço de urgência no Centro de Saúde de Ponta Delgada”.
“O Governo Regional anunciou, em fevereiro deste ano, que ia abrir um Serviço de Atendimento Urgente neste Centro de Saúde, mas o que é certo é que ainda não existe. Os casos menos urgentes estão a entupir as nossas urgências do HDES e isso não é aceitável”, alerta.
Para o deputado, o Serviço de Urgência do hospital de Ponta Delgada “tem de estar destinado às verdadeiras urgências, deixando para o Centro de Saúde os casos menos urgentes”.
NR/HN/Lusa
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