Ema Paulino alerta que “o modelo de financiamento que encontrarmos vai ser absolutamente fundamental”

3 de Outubro 2023

Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, defende que “os modelos de financiamento são altamente modeladores dos comportamentos dos profissionais e das instituições” e que os farmacêuticos comunitários podem e devem ser mais proativos nas abordagens às populações.

As farmácias comunitárias podem e devem ser mais proativas nas abordagens às populações: “não apenas responder de uma forma altamente eficaz às dúvidas que nos chegam, mas assumirmos uma postura mais proativa junto da população de acompanhamento na sua jornada de saúde”, esclareceu Ema Paulino.

A presidente da Associação Nacional de Farmácias participava na apresentação dos resultados do Stada Health Report Portugal 2023, que decorreu esta terça-feira no Templo da Poesia, em Oeiras. O relatório Stada inclui 16 países europeus e 32 mil participantes, mas o evento de hoje foi dedicado à análise dos resultados portugueses, com base nas respostas de 2000 pessoas.

O facto de 91% adquirirem os medicamentos analgésicos na farmácia, muito acima da média global (64%), não surpreende Ema Paulino. A farmacêutica congratulou-se ainda com outro dado do Stada: o conhecimento relativo aos medicamentos analgésicos é maioritariamente superior em Portugal.

Quinhentos e trinta mil portugueses entram diariamente nas farmácias comunitárias, acrescentou Ema Paulino. “Nós temos uma média em Portugal de 3,9 farmacêuticos por farmácia. (…) Era uma questão de tempo até haver este reconhecimento por parte do Ministério da Saúde de que, de facto, tinha de haver um maior aproveitamento desta rede altamente qualificada”, comentou. Esta rede “está muito disponível para colaborar com as outras estruturas do sistema de saúde e do Serviço Nacional de Saúde e com os outros profissionais de saúde, no sentido de fazer esta distribuição eficiente das pessoas pelos níveis de cuidados onde elas têm de estar”, assegurou.

Para Ema Paulino, “o modelo de financiamento que encontrarmos vai ser absolutamente fundamental”, pois acredita que “os modelos de financiamento são altamente modeladores dos comportamentos dos profissionais e das instituições”.

Esta terça-feira, Ema Paulino abordou ainda o aumento dos cuidados preventivos de saúde no estudo em análise, recordando que também os portugueses fumaram mais e beberam mais álcool, entre 2017 e 2022, e que 1 em cada 10 jovens consome drogas regularmente.

HN/RA

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