“Era importante celebrar esse acordo para dar ao setor da saúde estabilidade e confiança que hoje não existe. Há ainda uma insatisfação destes profissionais e uma incapacidade do governo em reter médicos no SNS”, disse Luís Montenegro, à margem de uma visita a uma exploração agrícola em Vila do Conde, distrito do Porto.
O líder dos social-democratas desejou que seja alcançando um entendimento entre ambas as partes, mas lembrou que, mesmo havendo um acordo, este não vai “resolver a falta de pessoal médico no SNS”.
“Estamos apenas a remediar uma situação que do ponto de vista estrutural continua por resolver. Desejo que haja estabilidade no SNS e que as pessoas possam ter a garantia de não ter urgências fechadas, de terem uma resposta quando precisam de consultas e cirurgias”, acrescentou.
Luís Montenegro disse não ver o governo “motivado” para resolver o “problema estrutural” no setor da Saúde, de também apontou críticas à forma como executivo do PS tem lidado com os problemas na Justiça.
“Estive reunido com o Sindicato dos Oficiais de Justiça e percebi o quão importante é o governo fechar um acordo com estes profissionais. As paragens e greves neste setor, também por melhores condições da carreira, estão a causar graves prejuízos aos cidadãos e as empresas nos tribunais”, apontou o líder do PSD.
Montenegro apontou “125 mil diligências de quatro milhões de atos adiados”, algo que, no seu entender, “exige uma rápida resposta do governo”.
“Nos setores mais importantes Estado há constante clima de insatisfação. Isso gera dificuldades de recrutamento, que se repercute na vida do país com prejuízos para as pessoas”, acrescentou.
Luís Montenegro abordou estes temas à margem de uma visita a uma exploração agrícola, no setor do leite, em Vila do Conde, distrito do Porto, no âmbito do programa do partido ‘Sentir Portugal’.
Numa das mais importantes bacias leiteiras do país, o dirigente do PSD reiterou críticas ao governo, nomeadamente à ministra da agricultura, que acusou de estar “de costas voltadas” para o setor.
“A agricultura tem sido um parente pobre da política deste governo. Temos uma ministra que vive de costas voltadas para os agricultores, e ninguém no setor consegue ter um diálogo permanente com ela. Há grandes constrangimentos, excessos de burocracia e atrasos nos pagamentos dos apoios”, afirmou.
O presidente dos social-democratas lembrou que a “pandemia e as guerras trouxeram um aumento dos preços dos fatores de produção”, afirmando que o setor “necessita de políticas públicas que lhe dê sustentabilidade”.
“Apesar de todos estes problemas, fico satisfeito termos agricultores que tentam contrariar estas dificuldade. É um muito importante para a nossa economia, tanto na criação de riqueza, como na ocupação do territorial e na contribuição para nossa soberania alimentar”, concluiu Luís Montenegro.
LUSA/HN
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