PSD/Paredes alerta para “problemas gravíssimos” nas urgências em Penafiel

20 de Outubro 2023

O PSD de Paredes alertou hoje para os “problemas gravíssimos” no funcionamento dos serviços de urgência e de internamento do Hospital Padre Américo, em Penafiel, após reunião com a administração do centro hospitalar.

“Estamos muito preocupados com a questão das urgências, porque várias especialidades não têm capacidade de resposta e os doentes são encaminhados para outros lados”, disse à Lusa o presidente da concelhia, Ricardo Sousa.

Paredes, no distrito do Porto, é um dos 12 concelhos que em termos de cuidados de saúde reportam ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), num universo populacional de meio milhão de habitantes, que compreende as unidades de Penafiel (Hospital Padre Américo) e de Amarante (Hospital de São Gonçalo).

Contudo, no Tâmega e Sousa, só Penafiel dispõe de urgência médico-cirúrgica, contando Amarante com uma urgência básica.

Ricardo Sousa disse hoje à Lusa que a população do seu concelho, o mais populoso da região, tem sido afetada com a situação atual, face ao facto de a urgência do Hospital Padre Américo não estar a ser capaz de dar resposta em algumas especialidades, nomeadamente ortopedia, como “foi hoje reconhecido pela administração do hospital”.

“Esta situação é gravíssima”, acentuou.

Segundo o dirigente social-democrata, do lado do CHTS foi dito que terá de ser o Governo a dar uma resposta, porque se trata de “um problema transversal”.

O PSD/Paredes vai informar os deputados do partido na Assembleia da República para que intercedam junto da tutela da saúde no sentido de ver resolvido o problema das urgências do hospital de Penafiel, adiantou o dirigente.

Outra questão apontada é a incapacidade do internamento daquele hospital. As 500 camas do Hospital Padre Américo, salientou, “são insuficientes”, o que cria constrangimentos e atrasos no internamento dos doentes que são atendidos nas urgências. Está prevista para breve a criação de mais 50 camas, de acordo com a informação que o PSD diz ter recebido da administração, mas esse acréscimo, lamentou o dirigente, será insuficiente, uma vez que há cerca de 200 doentes da área de referência do Tâmega e Sousa internados noutros hospitais do país.

Ricardo Sousa manifestou, também, preocupação com a criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS) no Tâmega e Sousa, que estará a ser preparada pelo Governo e que reportará a cerca de 500 mil pessoas.

Disse recear que essa solução constitua “um passo atrás” na prestação de cuidados de saúde na região, alertando para a elevada densidade populacional do território, que poderá sobrecarregar a futura ULS, como já acontece com o hospital Padre Américo, há vários anos.

LUSA/HN

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