A FNAM emitiu hoje um comunicado onde lamentava a “má-fé” e a “chantagem” feita por parte do Ministério da Saúde para que os médicos “voltem a aceitar o inaceitável”.
“Com o passar das semanas e o acumular das consequências da má-fé do Ministério de Manuel Pizarro, a chantagem sobre os médicos tem aumentado, de forma a que voltem a aceitar o inaceitável. Manuel Pizarro pretende aplicar a desregulamentação total do trabalho médico levando os médicos à exaustão, sendo totalmente contraditória a propaganda do Governo da agenda do trabalho digno, que põe em risco a segurança dos doentes”, lê-se na nota.
De acordo com a FNAM, “o Governo pretende, apenas, poupar, obrigando o mesmo número de médicos a atender muitos mais doentes, reduzindo a qualidade e a segurança do ato médico, destruindo a vida familiar dos médicos e o direito ao descanso consagrado na Lei.”
A federação alertou que para a falta de seguimento das grávidas e o impacto do encerramento de serviços de urgência e de camas em unidades de cuidados intensivos.
A Federação Nacional dos Médicos deixou nas mãos da tutela a possibilidade de chegarem a um acordo no próximo encontro. “O Ministério da Saúde tem em suas mãos, na próxima sexta-feira, a derradeira hipótese de salvar a carreira médica e o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Será apresentada uma proposta de soluções conjuntas da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), pelas quais o SNS não pode continuar à espera.”
Os médicos exigem o aumento dos salários, a reposição das 35 horas semanais para todos, as 12 horas do serviço de urgência ao invés das atuais 18, a progressão na carreira e o reconhecimento do internato no primeiro grau da carreira médica.
PR/HN
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