Para Fátima Cardoso, médica oncologista e diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, “esta aprovação é um novo aliado muito importante para médicos e doentes, dando resposta a uma necessidade clínica importante de doentes com cancro da mama avançado HER2+. É particularmente importante para os doentes com metástases cerebrais, tanto ativas, como previamente tratadas ou não tratadas com terapias locais. O tucatinib é o primeiro tratamento que oferece um ganho significativo na SG nesta população de doentes, melhorando a sua qualidade de vida e assegurando o controlo da doença por um período mais longo.”
“É com orgulho que trazemos esta inovação aos doentes portugueses: neste contexto, o regime com tucatinib já é o padrão de cuidados (SoC, standard of care) nas diretrizes mais recentes da ESMO., Portugal junta-se aos países europeus mais importantes na disponibilização deste importante tratamento a doentes com cancro da mama HER2-positivo”, afirmou Rodrigo Fernández-Baca, Diretor Geral da Seagen para Portugal, Espanha e Itália.
A luz verde do Infarmed surgiu na sequência das evidências do estudo HER2CLIMB que demonstrou que tucatinib, em combinação com trastuzumab e capecitabina, reduziu o risco de morte em pouco mais de um terço (34%), e de progressão da doença ou morte em 46%, em comparação com trastuzumab e capecitabina isoladamente. A sobrevivência global foi prolongada em 5,5 meses em comparação com o braço de controlo.
Todos os anos, em Portugal, são diagnosticados sete mil novos casos de cancro da mama, dos quais 7 a 10% são metastáticos. O cancro da mama metastático HER2-positivo representa 15 a 20% dos cancros da mama metastáticos.
Os doentes têm agora acesso ao regime de combinação de tucatinib, clinicamente comprovado, que prolonga significativamente a sobrevivência global no cancro da mama metastático HER2-positivo, mesmo quando estão presentes metástases cerebrais.
PR/HN
0 Comments