Médicos, figuras públicas, dirigentes de organizações não governamentais, jornalistas e políticos passam em revista os tempos conturbados em que não se cumprimentavam os homossexuais com medo de se ser infetado, em que as crianças com VIH eram proibidas de ir à escola, em que o Casal Ventoso era considerado o maior supermercado da droga da Europa, a céu aberto, em que a Professora Odette Ferreira transportava os tubos de sangue de doentes da Guiné-Bissau para o Instituto Pasteur, em Paris, num casaco de pele e em que os médicos assistiam a mortes diárias de infetados sem conseguirem inverter a situação.
Para Francisco Antunes “a importância de um documentário como este é enorme, principalmente pela necessidade de relembrar tempos que se vão perdendo na memória e através do qual se percebe a evolução e a inovação que transformou uma doença mortal numa doença crónica, com a mesma esperança média de vida que as pessoas não infetadas”.
Também para Marina Caldas, da FDC Consulting e responsável pela ideia e concretização deste documentário “o que queríamos era reunir os protagonistas que, em 4 décadas, trataram e ajudaram as pessoas com infeção por VIH e Sida e, ao mesmo tempo, contar a História e as estórias de muitas delas.
Ficou muito por dizer. Talvez regressemos ao tema, mais tarde”.
Mas a realidade atual é também analisada e a situação relativa à disponibilização da PrEP recebe críticas dos intervenientes diretos no processo, particularmente as organizações não governamentais, que dizem haver listas de espera de um ano no SNS para se ter acesso à PrEP.
Cada episódio encerra com a análise do consultor científico, Francisco Antunes, onde são dados pormenores científicos e sociais importantes para um documentário que ficará certamente para a História do VIH/SIDA.
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