“Vamos anunciar hoje mesmo o programa de abertura de centros de saúde em horário acrescido durante o fim de semana e durante segunda-feira, que é o feriado de 01 janeiro, porque é muito importante que as pessoas, numa circunstância como esta, sejam especialmente cuidadosas no seguimento das regras”, afirmou Manuel Pizarro aos jornalistas à margem da cerimónia dos 100 anos do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
O ministro reiterou que antes de se dirigirem a uma urgência hospitalar, as pessoas devem contactar o 112, se entenderem que é um caso de emergência, ou a Linha SNS 24.
“Por isso é que reforçamos [os centros de saúde abertos] para poder atender mais pessoas”, que devem procurar qual é o local onde devem dirigir-se se precisarem de cuidados de saúde com a presença de profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, porque em muitos casos podem ser tratados em casa, disse Manuel Pizarro.
O governante afirmou que há “uma grande pressão nos hospitais”, mas observou que “cerca de metade das pessoas que vão às urgências acabam por ser avaliados com a pulseira verde e pulseira azul [menos urgentes], indiciando que poderiam ter sido dirigidos para um centro de saúde”.
Recordou que há centros de saúde com horários alargados todos os dias da semana, em alguns casos até às 20:00 e em outros até às 22:00 e mesmo até às 24:00, insistindo por isso para as pessoas contactarem o 112 ou a linha SNS 24 (808 24 2424), “porque é a maneira de serem orientados da forma mais adequada e de saberem se se há um centro de saúde próximo das suas casas, que possa estar a funcionar”.
No Natal, mais de 190 centros de saúde estiveram a funcionar em horário complementar e, segundo o ministro, tiveram um afluxo significativo de utentes que “foram atendidas de forma rápida e resolveram a sua situação, mesmo que num caso ou noutro” tivessem que ser reencaminhados para o hospital.
Questionado sobre os tempos de espera das urgências, Manuel Pizarro afirmou que há um “afluxo muito grande aos serviços de urgência”, mais acentuado na região de Lisboa e vale do Tejo, mas que ocorre noutras zonas do país.
“Temos hospitais que têm conseguido melhorar a sua resposta, alguns já estão dentro de níveis de resposta que são aceitáveis. Temos outros, onde os constrangimentos se continuam a verificar, mas todos os dias estamos a trabalhar para procurar atender as pessoas o melhor possível”, declarou.
O ministro quis deixar uma mensagem de agradecimento “às centenas ou milhares de médicos, de enfermeiros e outros profissionais que têm dado o seu melhor para responder a um enorme aumento do afluxo”.
“E acho que, no essencial, têm conseguido fazê-lo com qualidade, sem que deixe de haver motivos de preocupação” relativamente aos longos tempos de espera que se têm verificado em alguns hospitais do país.
LUSA/HN
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