Prémio de inovação em saúde pode permitir chegar de Coimbra ao mundo

10 de Janeiro 2024

O prémio internacional de inovação na área da saúde, promovido pela farmacêutica Bluepharma e pela Universidade de Coimbra (UC), pode permitir a um pequeno grupo de investigação desenvolver um produto e chegar ao mundo global.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Barradas Rebelo, presidente da Bluepharma, defendeu que, nos tempos atuais, um investigador, “se inserido num grupo e a trabalhar em rede, pode chegar ao mercado com um produto como uma vacina, que passado menos de um ano é utilizado em todo o mundo”.

O empresário lembrou exemplos relacionados com a pandemia de covid-19, que ensinaram que a investigação em saúde, “contrariamente às grandes multinacionais farmacêuticas, está nas pequenas empresas farmacêuticas”.

“Costumo dizer que século XXI é o século das pessoas. Isto é verdadeiramente um incentivo fantástico, vale a pena arriscar, vale a pena fazer, o mundo está todo em mudança e é possível um pequeno grupo chegar ao mundo rapidamente. Vale a pena abraçar estes projetos e acreditar”, vincou Paulo Barradas Rebelo.

O prémio Inovação Bluepharma – Universidade de Coimbra foi criado em 2001 pela farmacêutica no âmbito de um protocolo com a UC, assinado “por forma a mostrar a importância da relação entre a empresa e a universidade”.

Nas primeiras dez edições, anuais, destinava-se a premiar as melhores teses de doutoramento. Depois, o galardão passou a premiar, em formato bienal, os melhores projetos científicos na área das Ciências da Saúde que levassem à criação de empresas, recompensando o vencedor de cada edição com um máximo de 50 mil euros.

“[O prémio] deixa uma nota muito importante ao empreendedorismo: não é só fazer bem, mas aproveitar esse bem que se faz para criar valor para a sociedade”, acrescentou o presidente do grupo farmacêutico.

Na edição de 2024, agora lançada e cujas candidaturas estão abertas até 11 de março, mantém-se a regra de o prémio internacional ter um valor de 20 mil euros, podendo este apoio traduzir-se num investimento suplementar de 30 mil euros, “uma vez provada a viabilidade de mercado do projeto”.

Outra regra passa pelos trabalhos a concurso deverem ser “total ou parcialmente conduzidos por investigadores portugueses”, embora possam ser desenvolvidos em instituições nacionais ou estrangeiras.

Os critérios de avaliação incluem o mérito, a originalidade, a inovação e o contributo de projetos científicos com elevado potencial de transformação em produtos ou serviços, com real interesse para a sociedade.

As candidaturas devem ser submetidas Aqui e o vencedor será anunciado em maio.

LUSA/HN

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