“Eu acho que os nossos filhos e netos não nos desculparão se nós não conseguirmos dar ao Serviço Nacional de Saúde a força, a capacidade que ele tem que ter para resolver os desafios que temos pela frente”, afirmou Álvaro Beleza. “Acho mesmo que isso é possível”, acrescentou.
Nisto, o SNS precisa da participação de todos; é preciso acreditar e entusiasmar-se com a possibilidade de o SNS melhorar, defendeu o Presidente do Conselho Coordenador da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social.
“Só depende de haver vontade, lideranças e se acreditar nos exemplos. E há vários exemplos de boa gestão com melhoria de cuidados”, e exemplos de como com os mesmos recursos ou até menos se consegue fazer mais, envolvendo os profissionais de saúde, segundo o médico.
Durante o debate, no Grande Auditório João Lobo Antunes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Álvaro Beleza sublinhou que o serviço de saúde público, universal e gratuito permite combater a desigualdade à nascença. Todos têm acesso ao melhor hospital, todos têm acesso ao melhor médico. “É de um avanço civilizacional extraordinário”, “como é também a escola pública”.
Para o médico, o dinheiro dos impostos de todos “tem que ser usado nos serviços públicos”.
“Não é para alimentar tudo, e neste momento nós temos um Estado que alimenta público, privado. Alimenta tudo”, explicou.
HN/RA
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