Governo autoriza contratação de até 250 médicos, enquanto não abre novo concurso

5 de Fevereiro 2024

O Governo anunciou hoje que um máximo de 250 médicos especialistas poderão ser contratados por tempo indeterminado para reforçar as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até à abertura do próximo concurso, previsto para março

Em comunicado, o Ministério da Saúde refere que o recrutamento se destina “a recém-especialistas que não tenham sido colocados nos últimos concursos e a médicos mais experientes que pretendam ingressar no SNS”.

Além de “reforçar a autonomia das instituições do SNS”, a autorização do executivo vai permitir que “seja assegurada a celeridade dos processos de recrutamento de médicos para o SNS nas situações em que tal se revele necessário” até “à abertura do procedimento concursal da época normal de avaliação final do internato médico de 2024, prevista para março”.

Segundo o Ministério da Saúde, 2023 “terminou com um balanço positivo no recrutamento de médicos” para o SNS.

“Em dezembro, encontravam-se em funções no SNS 31.307 médicos”, entre especialistas e internos, o que representa “um ganho líquido de mais 286 médicos em relação ao final de 2022, compensando o efeito das saídas por aposentação e por rescisão de contrato”, adianta.

O ministério indica que a “taxa de retenção de médicos recém-especialistas (…) atingiu o valor mais alto dos últimos anos, com 90% dos médicos que terminaram o internato em 2023 a ingressar no SNS”, o que permitiu “garantir a reposição do universo de médicos”, apesar das reformas registarem “uma tendência crescente”.

Precisa que, o ano passado, completaram a formação na especialidade 1.485 médicos, 1.336 dos quais foram colocados nos hospitais e centros de saúde, incluindo 359 especialistas em Medicina Geral e Familiar, 10 em Saúde Pública e 1.116 das diversas especialidades hospitalares.

“Doze especialidades hospitalares apresentaram em 2023 uma taxa de retenção de recém-especialistas de 100%, designadamente Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia Torácica, Genética Médica, Medicina Desportiva, Medicina Nuclear, Neurorradiologia e Ortopedia”, refere.

NR/HN/Lusa

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Sónia Dias: “Ciência da Implementação pode ser catalisador para adoção de políticas baseadas em evidências”

Numa entrevista exclusiva ao Healthnews, Sónia Dias, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), destaca a criação do Knowledge Center em Ciência da Implementação e o lançamento da Rede Portuguesa de Ciência da Implementação como iniciativas estratégicas para “encontrar soluções concretas, promover as melhores práticas e capacitar profissionais e organizações para lidarem com os desafios complexos da saúde”

MAIS LIDAS

Share This