O anúncio foi hoje feito pelo presidente do Conselho de Administração da ULS Cova da Beira, João Casteleiro, que disse que a nova unidade vai abranger “à volta de 300 mil” pessoas dos distritos de Castelo Branco e da Guarda.
Segundo João Casteleiro, a nova unidade “é fundamental”, por ficar instalada na que era “a única zona sombra do país” neste tipo de cuidados médicos.
“É uma unidade que nos honra a todos e que, de facto, valoriza todo o interior”, salientou hoje João Casteleiro, durante uma visita às instalações, no Hospital da Covilhã, onde já foram atendidos 11 utentes, desde os que estavam referenciados com problemas cardíacos a intervenções de urgência.
O serviço vai funcionar “24 horas, 365 dias por ano”, com uma equipa interna composta por oito pessoas e com “especialistas de todo o país” que se deslocam à Covilhã, numa lógica de “articulação com outros hospitais”, até existir “um ‘staff’ médico próprio”, a formar dentro de cinco a seis anos, de acordo com o administrador.
O cardiologista de intervenção responsável pela unidade, Marco Costa, frisou que esta “região enorme do país estava sem esta possibilidade terapêutica” e agora os utentes deixam de ter de fazer uma viagem de ambulância para outra zona do país, “com os problemas todos que poderiam decorrer desse transporte inter-hospitalar”.
“Temos neste momento um meio muito eficaz de tratar melhor os doentes nesta região”, salientou o médico.
O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, aludiu à sua experiência enquanto doente cardíaco para acentuar a importância de a população da região ter este serviço mais perto e diminuir o tempo desde que a pessoa tem os sintomas até ser assistida e poder fazer o cateterismo.
“A sua existência é a diferença entre a vida e a morte”, vincou Vítor Pereira, para quem “esta é uma grande mais-valia” para doentes que correm risco de vida.
O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, também sublinhou que “ter este serviço aqui pode significar salvar muitas vidas”.
Segundo Paulo Fernandes, está previsto este ano entrar em funcionamento a Unidade de Medicina Nuclear do Hospital do Fundão e os dois serviços vão trabalhar numa “complementaridade lógica”, com uma oferta que “pode fazer a diferença” junto da população.
LUSA/HN
0 Comments