O fígado gordo (DHGNA) é uma doença silenciosa, sendo a principal causa de doença do fígado no Mundo Ocidental e está associada à obesidade em cerca de 70% das pessoas com obesidade.
Estudos epidemiológicos demonstraram a progressão da acumulação de gordura no fígado para cirrose e cancro. O fígado gordo precede o início da resistência à insulina e está associada à progressão para diabetes tipo 2. Vários estudos mostraram efeitos benéficos da cirurgia bariátrica em pacientes com fígado gordo.
Portanto, a acumulação de gordura no fígado pode ser metabolicamente prejudicial à saúde. Além das complicações metabólicas, os pacientes obesos com fígado gordo podem desenvolver inflamação crónica do fígado (esteato-hepatite) e nalguns casos até cirrose com necessidade de transplante hepático. A cirrose hepática associada ao fígado gordo está a emergir como uma das principais causas de transplante de fígado. Por estas razões, o fígado gordo está a ser considerado como uma questão de saúde pública.
A opção terapêutica mais eficaz para prevenir o início e a progressão desta doença é adotar um estilo de vida saudável. No entanto, apenas alguns pacientes aderem às mudanças no estilo de vida e por vezes pode ser difícil manter um estilo de vida saudável a longo prazo.
Nos últimos anos, as terapias endoscópicas bariátricas e metabólicas surgiram como alternativas eficazes, menos invasivas e mais seguras para o tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. Estudos observacionais demonstraram efeitos benéficos destas terapêuticas na gravidade da doença do fígado gordo, avaliada por parâmetros não invasivos como o Fibroscan.
O Fibroscan é um exame não invasivo, que permite diagnosticar o fígado gordo e sinalizar os pacientes em risco de desenvolver cirrose do fígado.
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