Segundo revelou hoje à agência Lusa o estabelecimento de ensino superior do distrito de Aveiro, a obra é financiada em 85% por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e no restante por verbas próprias da Cruz Vermelha, que para o efeito já comprara por 150 mil euros dois terrenos ligados à escola por uma ponte pedonal sobre o Itinerário Complementar 2 (IC2).
O objetivo é reconstruir e ampliar a moradia existente nesses terrenos e equipá-la com nove quartos duplos, três estúdios para duas pessoas e 13 quartos individuais, sendo que todas essas tipologias irão dispor de casas de banho autónomas, distribuindo-se por três pisos que, num total de cerca de 1.000 metros quadrados, vão ainda acolher cozinha, refeitório, biblioteca, espaço de informática e salas para tunas e outras atividades.
“Entre os nossos mais de 700 alunos, uns 40% vêm de fora da região, sendo sobretudo do Centro do país, mas também das ilhas, por exemplo, e têm que alugar quartos ou casas em Oliveira de Azeméis ou até nas terras em volta, a uma hora de autocarro, se não conseguirem arranjar na cidade um espaço a preços que possam pagar”, afirmou Henrique Pereira, diretor da escola cuja propina ronda os 300 euros mensais.
A reabilitação do edifício adquirido junto ao estabelecimento de ensino visa assim “aumentar a oferta de alojamento estudantil na cidade” e, por imposição legal do respetivo financiamento comunitário, esses quartos serão disponibilizados “a preços acessíveis, sempre muito mais baratos do que os praticados pelo mercado normal de arrendamento privado”.
Se a tramitação do concurso decorrer dentro dos prazos normais, a empreitada deverá arrancar em setembro deste ano e, abrangendo também o arranjo de cerca de 400 metros quadrados de jardins, de acordo com o projeto arquitetónico geral do gabinete local Az.leba, terá depois um prazo de execução de 390 dias.
“O previsto é que a obra física fique concluída em setembro de 2025, para depois o edifício ser mobilado e equipado até ao final de dezembro e a residência abrir portas logo no início de janeiro de 2026”, anunciou Henrique Pereira.
Quanto à seleção dos alunos a instalar na nova residência, o processo partirá de uma candidatura dos próprios interessados e depois terá em conta “critérios que estão definidos na lei”, como a distância a que o estudante se encontra da sua morada de família e a situação financeira do respetivo agregado.
LUSA/HN
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