“O centro académico clínico seria um passo importante para se criar na região, em articulação com a UAc e o Sistema Regional de Saúde e outros parceiros, um contexto favorável a que os novos recursos [a contratar pela UAc] possam aprofundar investigação relevante para a região”, afirmou Susana Mira Leal aos jornalistas.
A criação de um centro académico clínico já tinha sido abordada pela reitora da academia açoriana em 04 abril, após uma reunião com o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
Hoje, após a assinatura de um protocolo ente a UAc e o Hospital Divino Espírito Santo (HDES) no salão nobre da reitoria em Ponta Delgada, Susana Mira Leal destacou que a academia vai contratar um “conjunto de recursos humanos” na área da saúde, insistindo na criação de um centro académico clínico em parceria com o Serviço Regional de Saúde.
“A região tem naturalmente interesse em que esta investigação se aprofunde para conhecermos a realidade regional e os problemas diversos ao nível da saúde, como também para apoiar a decisão política na área da saúde, contribuindo para a capacitação da área clínica através da investigação”, salientou.
O protocolo com o hospital de Ponta Delgada vai permitir a contratação de dois médicos doutorados para o corpo docente do curso de Medicina, tendo o concurso público internacional já sido lançado.
“Este protocolo abre oportunidades para que os docentes recrutados por via desse concurso, querendo abdicar da exclusividade e continuar com a prática clínica, possam fazer no HDES se corresponderem a necessidades de determinadas especialidades”, explicou.
A reitora da UAc adiantou também que a academia vai abrir uma vaga para investigador na área da saúde, outra para um docente na área das ciências biomédicas e “mais um conjunto de vagas de enfermeiros para os quadros da Escola Superior de Saúde”.
Na cerimónia, a presidente do HDES considerou que a colaboração com a academia “se consubstancia como potenciador da fixação de mais médicos” nos Açores.
“A existência de médicos doutorados a trabalhar no HDES constitui uma vantagem ao nível da diferenciação cada vez maior dos cuidados prestados aos nossos doentes”, afirmou Manuela Menezes.
A presidente do maior hospital público dos Açores disse ainda estar “perfeitamente convicta” de que a maioria dos estudantes de Medicina que opta por regressar à região tem como motivação o “exemplo dos professores” que demonstram que o exercício da profissão no arquipélago “pode ser sinónimo de estar na fronteira do conhecimento”.
LUSA/HN
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