“A Ordem dos Nutricionistas defende a comparticipação de nutrição entérica e parentérica em regime de ambulatório, como forma de combate à desnutrição, suas implicações para a saúde e consequências económicas para o país”, lê-se num comunicado.
De acordo com a bastonária Liliana Santos, citada no comunicado, é “urgente a materialização da comparticipação”, por forma a “permitir cuidados de saúde acessíveis a toda a população, não marginalizando os cidadãos com menos recursos a uma condição desigual”.
“A Ordem dos Nutricionistas considera pertinente que se dê um sinal firme de compromisso com as melhores práticas internacionais, colocando-se ao lado da aprovação de um diploma o mais abrangente possível, julgando igualmente que este é o momento certo para o efeito”, salienta.
O organismo sustenta que com o “aumento da prevalência da desnutrição e do número de doentes, é fundamental a melhoria dos cuidados nutricionais disponíveis, garantindo uma intervenção nutricional precoce e efetiva dos doentes em risco nutricional ou desnutridos”.
“A desnutrição constitui uma das causas de readmissão hospitalar, com custos associados para a saúde e para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Os cuidados nutricionais são um direito, que deve ser reconhecido de forma urgente e responsável, integrados como parte do tratamento e da terapêutica instituídos”, observa.
Na terça-feira, todos os partidos políticos manifestaram-se a favor da comparticipação de suplementos alimentares para pessoas com doença de Crohn.
Na base da discussão no parlamento esteve a petição sobre a comparticipação da dieta completa em pó Modulen IBD para pessoas com doença de Crohn, que deu entrada na Assembleia da República em 21 de novembro de 2022, com 10.510 assinaturas.
LUSA/HN
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