Em declarações aos jornalistas no final da reunião de Câmara, Fernando Ruas (PSD) avançou que no edifício do antigo SLAT, situado junto à Pousada de Viseu, poderão vir a ser instaladas duas das quatro Unidades de Saúde Familiares (USF) e o serviço de Saúde Pública que funcionam no chamado “edifício alto” da Segurança Social.
Segundo Fernando Ruas, no âmbito da delegação de competências na área da saúde, do “edifício alto” vão sair as quatro USF e o serviço de Saúde Pública.
O objetivo é fazer a sua distribuição por três edifícios novos, explicou o autarca, acrescentando que uma das possibilidades é dois deles ficarem com duas USF cada e no edifício do antigo SLAT funcionar o serviço de Saúde Pública.
No entanto, Fernando Ruas também admitiu a possibilidade de o edifício do antigo SLAT acolher duas USF, “se por acaso também lá couberem”.
“Queremos aproveitar para requalificar o edifício do SLAT e acho que o requalificamos da melhor maneira com uma Unidade de Saúde Familiar ou com os serviços ligados à saúde”, acrescentou.
Fernando Ruas contou aos jornalistas que a passagem deste edifício para a autarquia foi “uma autêntica via-sacra”.
“Começámos por reivindicar os serviços do SLAT já há muitos anos. As respostas eram sempre ‘nim’. Depois, quando foi da transferência de competências, ele veio automaticamente”, mas de forma condicionada, explicou, acrescentando que, como no espaço de um ano a administração central não realizou obras no edifício, “automaticamente ele passaria para a Câmara”.
“Mas, mesmo assim, nós vamos tomar posse e já está definido, só precisamos é que depois acompanhem aquilo com a respetiva documentação”, referiu.
Durante a reunião da Câmara, a oposição socialista questionou Fernando Ruas sobre a nova localização das USF e defendeu que algumas delas deviam ser levadas para fora do centro da cidade, concretamente para Abraveses e Rio de Loba.
Segundo João Azevedo (PS), isso seria “importante para a coesão territorial, para a distribuição dos serviços públicos no concelho”.
“Percebemos que, dos três novos edifícios, dois vão ficar dentro da cidade, o outro vai ainda para decisão”, lamentou.
O vereador explicou que a proposta do PS era que as USF pudessem ficar “de uma forma estratégica no concelho de Viseu, para que as pessoas tenham uma mobilidade mais rápida, mais eficaz, que os serviços públicos sejam mais próximos”.
“Estando hoje essa decisão no patamar do município, é preciso dar exemplos e naturalmente que a saúde tem de ser distribuída de uma forma organizada pelo concelho”, frisou.
Na reunião de quarta-feira foi também aprovado o levantamento da suspensão dos trabalhos na futura sede das Águas de Viseu, que tinham sido parados devido à cedência de paredes interiores.
“A obra vai começar. É mesmo a obra efetiva, agora é só seguir e esperar que não tenha atrasos”, afirmou Fernando Ruas.
LUSA/HN
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