“É um fardo, porque nomear com exigência, com qualidade, é de uma enorme dificuldade, portanto era algo que nós não queríamos. Assumimos porque o Governo depois não estaria em funções e era importante que as Unidades Locais de Saúde, nesta reforma profunda, não ficassem sem dirigentes”, esclareceu Fernando Araújo.
“Relativamente às várias nomeações que foram feitas, não houve uma única reclamação, uma única necessidade de correção de nenhum diploma, uma única questão face aos elementos”, disse o diretor executivo, tendo recordado que apenas nomeou para “cargos que estavam vagos”. Neste momento, faltam nomeações para quatro Unidades Locais de Saúde que, desde o interior de Portugal, preocupam o antigo diretor executivo.
Fernando Araújo explicou que a DE-SNS não achou ético nomear pessoas para funções de três anos não sabendo exatamente que plano se seguiria, “fosse que partido fosse, do ponto de vista de visão para o SNS”. “Desde o dia 10 de março, não nomeámos mais ninguém”, completou Fernando Araújo.
“Nunca nomeámos nem nomearei sob indicação política ou sob pressão da comunicação social. (…) Nunca nomearei nenhum dirigente público mesmo que artigos da comunicação social coloquem em causa o meu nome ou a minha honorabilidade. (…) Não cederemos a pressões nesse sentido. A minha função é zelar pela defesa do interesse público e, portanto, irei perseguir essa função até final do processo”, declarou.
Fernando Araújo elogiou também as indicações das autarquias para os conselhos de administração, uma vez que “têm sido elementos valiosos na gestão das ULS”.
HN/RA
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