Em declarações ao HealthNews, o secretário-geral do SIM disse ser importante dar o “benefício da dúvida” ao novo diretor executivo, António Gandra d’Almeida e aguardar pelo trabalho que for sendo feito.
Sobre a experiência prévia de António Gandra d’Almeida, o responsável do SIM disse: “Como militar espero que tenha um grande foco no planeamento e na solução de problemas. Naturalmente isto só vai ser possível com o apoio dos profissionais de saúde e, portanto, espero que o diálogo entre médicos e a Direção-Executiva seja permanente.”
Para Nuno Rodrigues, é essencial que a nova equipa resolva os constrangimentos que existem na área da Medicina Geral e Familiar, “em que temos 1,5 milhões de portugueses sem médicos de família” e o problema das listas de espera para consultas e cirurgias nos cuidados hospitalares.
O dirigente sindical alerta que “o SNS parece muitas vezes um SNS disparo. Alguém que vive em Setúbal não tem o mesmo acesso de alguém que mora no Porto… Estes são constrangimentos que fazem parecer que há vários SNS nas diferentes regiões do país. Caberá ao novo diretor executivo responder a este problema.”
Questionado sobre quais considera ser as prioridades do novo responsável, considerou que “a prioridade a curto prazo deverá ser a organização e preparação do plano de contingência para o verão. Vão ter de ser encontradas soluções para a articulação dos serviços de urgência”.
“Já a médio-longo prazo, as prioridades devem passar pela acessibilidade dos portugueses aos cuidados de saúde. Para isso vai ser preciso mais profissionais e que os médicos consigam aceder mais rapidamente aos concursos. Atualmente, os internos estão há mais de mês e meio à espera que abram vagas para poder ficar no SNS”, acrescentou.
António Gandra d’Almeida, de 44 anos, é tenente-coronel médico dos quadros permanentes do Exército português, ocupa o cargo de comandante do Agrupamento Sanitário e mantém atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar.
HN/VC
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