A campanha decorrerá durante o mês de junho nas redes sociais da associação. O objetivo é alertar a população sobre a importância de prevenir, detetar e tratar precocemente esta condição, frequentemente diagnosticada em estádios avançados.
Arsénio Santos, presidente da APEF, enfatiza que a doença hepática esteatósica resulta da acumulação de gordura no fígado. “Em Portugal, pelo menos 15% dos adultos, ou seja, mais de 1 milhão e 200 mil pessoas, apresentam esta condição. Destas, 200 a 300 mil têm formas mais graves que podem evoluir para cirrose. Esta é uma doença prevenível e evitável. Com esta iniciativa, queremos que as pessoas compreendam a importância da prevenção e do tratamento precoce do fígado gordo”, afirma o dirigente.
Arsénio Santos também destaca que, embora o fígado gordo tenha sido historicamente associado ao consumo excessivo de álcool, a maioria dos casos atualmente está relacionada a hábitos de vida não saudáveis, especialmente dieta inadequada e sedentarismo. “Recomendamos uma alimentação equilibrada, rica em fibras e pobre em alimentos processados e ultraprocessados, bem como a prática de cerca de 60 minutos de atividade física diária. Não precisa ser tudo de uma vez — andar mais, subir escadas e manter-se em movimento sempre que possível já ajuda muito”, aconselha.
A esteatose hepática é uma doença silenciosa que afeta mais de 115 milhões de pessoas globalmente, sendo causada pelo excesso de gordura no fígado que leva à inflamação e fibrose e pode evoluir para cirrose ou até cancro hepático em estadsios avançados. Segundo o Global Liver Institute, estima-se que 357 milhões de pessoas sejam afetadas por esta condição até 2030.
A campanha da APEF é um alerta a todos os portugueses: “cuidar do fígado é essencial para a saúde geral e pode prevenir complicações sérias no futuro.”
NR/PR/HN
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