A Associação Portuguesa para a Disfunção Pélvica e Incontinência (APDPI) apela à ação urgente para enfrentar o crescente impacto da incontinência urinária nos sistemas de saúde europeus. Segundo o manifesto ‘An Urge to Act’ da Associação Europeia de Urologia, a incontinência urinária custa anualmente 69,1 mil milhões de euros aos sistemas de saúde da Europa, e estima-se que este valor aumente 25% até 2030.
Em Portugal, cerca de 600 mil pessoas são afetadas pela incontinência urinária, e entre 5 a 18% da população sofre de algum tipo de incontinência fecal. Para aumentar a consciencialização, combater o estigma social e incentivar a procura de ajuda médica, a Medtronic, em colaboração com a APDPI, lançou a campanha #AMochilaMaisPesada, que visa aliviar a carga emocional dos doentes e melhorar a sua qualidade de vida.
Joana Oliveira, presidente da APDPI, destaca a gravidade da situação: “Os dados do relatório europeu revelam um cenário alarmante: entre 55 a 60 milhões de europeus sofrem atualmente de problemas de saúde relacionados com a incontinência. Em Portugal, cerca de 600 mil pessoas são afetadas e, se não agirmos, estes números irão crescer, comprometendo ainda mais a qualidade de vida das pessoas”.
Além do impacto económico, as patologias do pavimento pélvico trazem uma pesada carga emocional. Medo, vergonha, estigma e insegurança são sentimentos comuns entre os doentes, levando quase metade deles a não procurar ajuda, apesar de existirem tratamentos eficazes.
A propósito da Semana Mundial da Continência, que se celebra de 17 a 23 de junho, a APDPI e a Medtronic reforçam a importância da sensibilização e do apoio aos doentes. “Na APDPI, trabalhamos diariamente para apoiar as pessoas diagnosticadas com incontinência e outras disfunções pélvicas. O peso emocional desta ‘mochila’ pode ser aliviado através de apoio e empatia por parte de todos nós”, afirma Joana Oliveira.
A campanha #AMochilaMaisPesada pretende mudar a perceção pública sobre a incontinência, incentivando a procura de ajuda médica e promovendo uma abordagem mais compassiva e informada para com os doentes.
0 Comments