Em declarações à agência Lusa à margem de uma visita à exposição “NonViolent Resistance” na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, Paulo Raimundo pediu “opções de fundo” para os problemas do SNS e afirmou, sobre as críticas de Ana Paula Martins às lideranças dos hospitais, que o caminho não passa por “dizer mal” dos profissionais de saúde.
“Tomamos decisões políticas, financeiras, opções de fundo que criem as condições para fixar mais profissionais no SNS ou nós não vamos conseguir resolver o problema. E não vale a pena pensarmos que os problemas da saúde se resolvem a partir de outro sistema que não seja o SNS, porque isso não vai acontecer. (…) julgo, que um dos caminhos para fixar mais profissionais não é dizer mal deles”, frisou o líder do PCP.
Na passada quarta-feira, Ana Paula Martins afirmou na Comissão de Saúde que as lideranças em saúde são fracas e defendeu que “tem de haver escrutínio, tem de haver avaliação de desempenho para os gestores”.
Para o ministro da Presidência, a referência da ministra da Saúde não é sobre várias administrações hospitalares, mas sobre uma, nomeadamente a da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão-Lafões, cujo conselho de administração se demitiu, entretanto, em bloco, alegando “quebra de confiança política” por parte de Ana Paula Martins.
Paulo Raimundo comentou ainda as decisões do conselho de ministros de ontem para colmatar a falta de professores, afirmando que este é mais um anúncio numa série de “muitos anúncios e poucas concretizações”.
O secretário-geral do PCP disse que o executivo é “muito ágil na afirmação de intenções”, mas, ao mesmo tempo, é “muito ágil também a aproveitar os problemas para criar oportunidades de negócio”.
A exposição visitada por Paulo Raimundo sobre a causa palestiniana conta com o apoio de várias figuras de diversos campos políticos como Pedro Passos Coelho, Miguel Sousa Tavares, Catarina Martins e o próprio secretário-geral do PCP.
O líder comunista sublinhou, dada a diversidade do apoio a esta exposição pró-palestiniana da artista Rita Andrade, que não fica admirado com o “espaço tão alargado, de gente muito diversa” unida em torno desta causa e que esse é um “bom sinal”.
Paulo Raimundo aproveitou ainda para apelar novamente ao “fim ao genocídio e ao massacre que está em curso” e se avance para a “construção, de uma vez por todas de um Estado palestiniano”.
NR/HN/Lusa
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