Nuno Rodrigues, secretário-geral do SIM (na imagem), falava à agência Lusa a propósito da aprovação hoje pelo Governo de uma revisão do regime de admissão de médicos, que determina que os concursos sejam da responsabilidade das unidades de saúde, prevendo ainda que sejam abertas mais 40% de vagas face ao número de recém-especialistas.
O mesmo responsável referiu que o SIM alertou o Ministério da Saúde para as implicações do atraso na abertura dos concursos e reiterou que um Serviço Nacional de Saúde “mais competitivo e eficiente não pode estar dependente de cabimentos orçamentais duas vezes por ano do Ministério das Finanças”.
Em contraponto, defendeu que as instituições de saúde deviam “em qualquer momento poder contratar os médicos que estão em falta nos quadros”.
Quanto à decisão do Governo de deixar à responsabilidade das administrações hospitalares a abertura dos concursos de admissão de especialistas, Nuno Rodrigues considerou que isso “deixa dúvidas” sobre se a abertura desses concursos será feita de “forma concertada e articulada” entre as diversas unidades de saúde, pois, caso contrário, isso irá gerar problemas no recrutamento e colocação de médicos.
Numa altura em que há já atrasos na abertura dos concursos, o dirigente do SIM apelou que sejam o mais rapidamente possível implementados para “dar resposta ao plano de verão” no SNS, manifestando ainda a sua “preocupação” com a situação.
NR/HN/Lusa
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