O projeto SAPE 2.0, aprovado pela Direção Geral do Ensino Superior até 2026, permitiu reforçar a equipa de psicólogos da instituição, que passou de três para cinco especialistas.
Integrado no Centro de Apoio ao Estudante (CAE), o SAPE 2.0 conta com o apoio de dois assistentes sociais e outros profissionais, que procuram responder às necessidades educativas específicas dos estudantes.
“O CAE, além de abranger a área da saúde mental, vai crescer para abranger a área social e das terapias e reabilitação”, adiantou à Lusa a pró-presidente do Politécnico, Carolina Henriques.
Segundo esta responsável, o reforço dos psicólogos visa aumentar o número de consultas e já contribuiu para que a lista de espera, de cerca de 90 dias, tenha desaparecido nos últimos dois meses.
“Continuaremos com a metodologia Ubuntu como estratégia de acolhimento e de integração. Esta equipa de psicólogos terá também em funcionamento uma consulta aberta para situações não agendadas”, precisou, explicando que esta é uma possibilidade para as emergências pontuais.
O SAPE 2.0 prevê ainda a implementação de grupos de psicodrama e de apoio ‘online’ na área da saúde mental.
“Vamos avançar também com a terapia familiar e uma unidade curricular ‘online’ para acolhimento e integração de novos estudantes. Teremos a consolidação de percursos internos de referenciação, sendo que para nós é a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, nomeadamente o serviço de psiquiatria, que é um aliado fundamental”, destacou Carolina Henriques.
Nas páginas das redes sociais Instagram e Facebook do CAE vão estar publicadas “orientações que conduzam ao bem-estar e a uma melhoria da saúde mental dos estudantes”, garantindo uma intervenção e prevenção no âmbito do digital.
O SAPE 2.0 disponibilizará ainda formações ‘online’ sobre autocuidados em saúde mental, na área da gestão do estudo e do tempo. Será ainda realizado “um levantamento muito claro sobre as situações ou problemas na área da saúde mental dos estudantes”.
A partir dessa avaliação, efetuada através de um questionário a toda a comunidade estudantil no âmbito da saúde mental, o Politécnico poderá delinear mais intervenções ou potenciar alguma atividade.
Carolina Henriques afirmou que “a ansiedade, a depressão e a dificuldade que têm em lidar com a gestão da vida académica e com a sua própria vida pessoal” são alguns dos problemas identificados nos alunos, mas também situações de vulnerabilidade social, que conduzem às situações de vulnerabilidade da saúde mental.
“Por isso, é muito importante ter a presença da área social no Centro de Apoio ao Estudante. Temos estes profissionais a trabalhar em conjunto, com vista a uma melhor resposta ao estudante”, sublinhou.
Frisando que o foco do projeto está nos estudantes, para que “tenham uma vivência saudável e feliz” no ensino superior, a pró-presidente explicou que a equipa do SAPE 2.0 pretende “prevenir e minimizar a evolução das situações”.
Os psicólogos estão disponíveis presencialmente nas cinco escolas do Politécnico de Leiria, apesar do acesso às consultas, que são gratuitas e confidenciais, poder ser em formato ‘online’.
Segundo Carolina Henriques, em média, os três psicólogos realizaram 2.452 consultas.
“Com cinco psicólogos, vamos conseguir dar uma resposta muito maior e não vai ser só em consulta. O nosso foco é conseguir trabalhar na prevenção e na promoção, porque vamos ter menos estudantes a necessitar da consulta”, insistiu.
LUSA/HN
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